Hoje compartilho com vocês mais uma proposta de redação e dicas de repertório sociocultural. Como eu havia comentado em postagem anterior, o candidato que tem o objetivo de atingir a nota máxima na redação do Enem deve estar atualizado e demonstrar conhecimentos diversificados ao tecer os seus comentários. Para isso, é necessário ler muito; assistir jornais, programas de documentários e entrevistas; pesquisar em sites confiáveis informações diversas sobre assuntos de cunho social, ambiental, político, dentre outros.
PROPOSTA DE REDAÇÃO –
PREPARAÇÃO PARA O ENEM
A partir da leitura dos textos motivadores
seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em NORMA PADRÃO da língua portuguesa
sobre o tema “A NECESSIDADE DE SE
INVESTIR EM ESPORTES NAS ESCOLAS BRASILEIRAS”, apresentando proposta de
intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de
vista.
TEXTO 01:
Prática de esportes nas escolas brasileiras é a menor da
América Latina
Estudo mostra que a atividade física
nas escolas continua um tópico menos importante do que ter notas altas ou
aprender tecnologia.
O Nickelodeon, um dos principais
canais de entretenimento para crianças, acaba de divulgar a pesquisa Geração
5.0 – os novos pilares da infância, que aborda temas mais marcantes do universo
infantil e adolescente da atualidade. Entre os tópicos discutidos, estão
alimentação, atividade física, sustentabilidade, criatividade e diversidade. O
estudo revela o impressionante dado de que, ao se comparar com toda a América
Latina, o Brasil é o país onde se menos pratica esporte nas escolas. Também
comparado aos nossos vizinhos, o jovem brasileiro é o que menos se preocupa com
o meio ambiente e sustentabilidade.
“Acreditamos que a alimentação, a
atividade física, a sustentabilidade, a criatividade e a diversidade
transformam a criança de hoje no adulto melhor de amanhã. Os pais e a sociedade
precisam acompanhar as mudanças. E a escola e os meios de comunicação continuam
sendo de extrema importância para a discussão desses temas”, afirma a gerente
de pesquisa do canal e responsável pelo estudo, Beatriz Mello.
Em relação ao peso corporal, o estudo
reforçou o que muitos estudos já apresentam: o sobrepeso está cada vez mais
relacionado com o consumo e o gasto de calorias. Segundo Beatriz, o que mais
mudou nesses últimos anos é que são ingeridas mais calorias e comidas
processadas. Além disso, a criança está cada vez mais dentro de casa e faz
menos atividade física.
Mas o que não mudou é que a atividade
física nas escolas continua sendo bem menos importante do que ter notas altas
ou aprender tecnologia. E a prática de esportes e atividades físicas vem
perdendo força e espaço nos últimos tempos para outras brincadeiras e
atividades.
11 de janeiro de 2011
| postado por Cinthya Leite
http://blogs.ne10.uol.com.br/casasaudavel/2011/01/11/pratica-de-esportes-nas-escolas-brasileiras-e-a-menor-da-america-latina/
TEXTO 02:
http://professorgilbertosantos.blogspot.com.br/2012/08/opiniao-perfeito-gostei-muito-das.html
TEXTO 03:
A
importância do esporte na educação
Cada vez mais os esportes vêm
revolucionando as escolas do país. A preocupação no ensino vem crescendo e uma maneira
de incentivo aos nossos alunos é buscar o desenvolvimento nos esportes. Por
isso, a importância do esporte na educação.
A prática esportiva como instrumento
educacional visa o desenvolvimento integral das crianças, jovens e
adolescentes, capacita o sujeito a lidar com suas necessidades, desejos e
expectativas, bem como, com as necessidades, expectativas e desejos dos outros,
de forma que o mesmo possa desenvolver as competências técnicas, sociais e
comunicativas, essenciais para o seu processo de desenvolvimento individual e
social.
O esporte, como instrumento
pedagógico, precisa se integrar às finalidades gerais da educação, de
desenvolvimento das individualidades, de formação para a cidadania e de
orientação para a prática social. O campo pedagógico do Esporte é um campo
aberto para a exploração de novos sentidos/significados, ou seja, permite que
sejam explorados pela ação dos educandos envolvidos nas diferentes situações.
Além de ampliar o campo experimental
do indivíduo, cria obrigações, estimula a personalidade intelectual e física e
oferece chances reais de integração social. (...)
Publicado em junho
16, 2013 por mayravirginia12
REPERTÓRIO
SOCIOCULTURAL
Entendem-se, como repertório
sociocultural, os conhecimentos adquiridos pelo indivíduo ao longo da sua
experiência de vida e de seus anos de leitura e estudo. Fazem parte do nosso
repertório todas as informações que aprendemos a partir de livros, jornais e
revistas que lemos, de programas e filmes que assistimos, de músicas que
ouvimos, das experiências de vida por quais passamos, das observações que
fazemos sobre a realidade em que vivemos.
O repertório sociocultural é o
conhecimento diferenciado (o algo a mais) que aqueles que estão prestando um
exame devem demonstrar ter sobre o assunto que está sendo discutido. Ele é
essencial na prova de redação do Enem para que o candidato possa obter a nota
máxima (200 pontos) na competência 2. É claro que não será somente o repertório
sociocultural que fará o vestibulando alcançar o nível 5 nessa competência, é
preciso que tenha compreendido bem o tema proposto e tenha escrito um texto
dissertativo-argumentativo, respeitando a estrutura de introdução,
desenvolvimento e conclusão, com a apresentação da tese e dos respectivos
argumentos.
Então, se o candidato conseguiu
produzir um texto dissertativo-argumentativo sobre a temática solicitada, o
outro aspecto a ser analisado, na competência 2, para que ele possa receber os
200 pontos, é justamente a presença de repertório sociocultural. Para construir
esse repertório mental, é necessário tempo de preparação e dedicação, pois é
importante que se leia muito, de preferência materiais diversificados; que se
procure assistir jornais e programas de qualidade, além de pesquisar em vários
sites para confrontar as informações.
Com essa bagagem de
conhecimento, o vestibulando estará bem preparado para produzir a sua redação
não só no Enem, como também em outros vestibulares e seleções.
- Como exemplos de
repertório sobre o tema A
NECESSIDADE DE SE INVESTIR EM ESPORTES NAS ESCOLAS BRASILEIRAS, apresento algumas informações que
podem ajudá-los na construção de seus textos. Lembro ainda que a escolha das
informações depende do ponto de vista que está sendo defendido e sempre devem
vir acompanhadas de comentários próprios, autorais. O produtor do texto deve
verificar em que parte da redação essas informações serão mais pertinentes,
pois elas podem aparecer na Introdução, no Desenvolvimento ou na Conclusão.
- Pode-se citar como referência
histórica o esporte na antiguidade;
A
história do esporte
Na
Antiguidade, as
práticas esportivas não se pareciam com as que conhecemos hoje. Em razão disso, eram conceituadas como práticas pré-esportivas. Algumas eram úteis para a sobrevivência do
homem, como a corrida e a caça. Outras eram mais uma preparação para guerras,
como a esgrima e as lutas (TUBINO, 2010).
Muitas dessas práticas pré-esportivas
do Esporte Antigo desapareceram com o tempo. Outras se transformaram em
Esportes Autótonos, que podem ser considerados “esportes puros”, isto é,
esportes que continuaram a ser praticados ao longo do tempo sem receber influências
de outras culturas. Quando os Esportes Autótonos permanecem como prática, mas
com modificações de outras culturas, geralmente de nações colonizadoras, passam
a ser chamados Esportes ou Jogos Tradicionais (TUBINO, 2010, p.21).
Os
jogos gregos são considerados como as primeiras manifestações esportivas. Eram “festas populares, religiosas,
verdadeiras cerimônias pan-helênicas, cujos participantes eram as cidades
gregas” (TUBINO, 2010, p. 22). Os Jogos
Olímpicos da Antiguidade, principal manifestação esportiva de toda a
Antiguidade, eram celebrados em Olímpia, Élida, num bosque sagrado chamado
“Altis”, em homenagem a Zeus Horquios, a cada quatro anos. Esses Jogos eram
anunciados pelos arautos e desenvolvidos pelos helenoices. As principais provas
eram: corrida de estádio, corrida do duplo estádio, corrida de fundo, luta,
pentatlo, corrida das quadrigas, pancrácio, corrida de cavalos montados,
corrida com armas, corrida de bigas, pugilato e outras (TUBINO, 2010, p. 22).
Algumas práticas esportivas passaram a
ser relacionadas a lutas violentas e até mortais. Apostas referentes aos
resultados de lutas, corridas curtas, etc. motivaram o público nos séculos
XVIII e XIX.
Fonte: PORTAL
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http://www.portaleducacao.com.br/educacao-fisica/artigos/50997/a-historia-do-esporte#ixzz4EdOeohn5
- Pode-se citar exemplo de esportes escolares e universitários em outros países;
Incentivo
ao esporte em outros países serve de inspiração para o Brasil
Conciliar a vida de atleta e estudante
não é uma tarefa fácil. Quando o cenário em questão é o Brasil, esse sonho se
torna ainda mais difícil. A falta de
incentivo e de políticas públicas esportivas faz com que alguns atletas
brasileiros deixem o seu país de origem e busquem novas oportunidades.
Referência mundial para os atletas que
não abrem mão da vida estudantil, os
Estados Unidos adotam uma política integrada entre universidades e esportes.
Muitas instituições no país oferecem
bolsas de até 100% para alunos que se dedicam a praticar alguma modalidade
esportiva, independente da intenção de seguir a carreira profissional ou não.
Além disso, os EUA são tidos também como referência de estrutura para a prática
de esportes, o que facilita a vida dos que têm esse tipo de interesse em
seguir a carreira na área do desporto.
Para o coordenador de divisões de base
da Seleção Brasileira, Alexandre Gallo, o modelo adotado pelos EUA é um dos
mais eficazes do mundo. “Os Estados Unidos têm uma estrutura muita boa, são referência
nessa questão de incentivo porque fazem um trabalho bem específico. Os atletas
treinam juntos, estudam juntos, jogam juntos durante o ano inteiro. No Brasil
isso se torna impossível, porque os atletas não pertencem à Seleção Brasileira,
nem às faculdades, e sim aos clubes”, explica ele, que também é técnico da
Seleção Brasileira sub-20.
Fernanda Varela e
Luana Marinho (fernanda.varela@redebahia.com.br e
luana.nogueira@redebahia.com.br)
06/06/2014 14:06:00Atualizado
em 08/06/2014 23:50:14
- Deve-se comentar sobre a situação atual do esporte nas escolas brasileiras;
ESPORTE ESCOLAR DE
RENDIMENTO: SONHO OU REALIDADE?
(...)
O
esporte precisa assumir a sua devida importância nas escolas públicas, sendo
tratado de forma competente, com espaços adequados, professores qualificados,
apoio e investimento dos órgãos responsáveis. Vários são os exemplos de boas ações praticadas por
escolas do mundo inteiro nesta área. Em uma série de reportagens especiais
sobre as olimpíadas escolares, apresentada no mês de maio de 2012, no Jornal
Nacional da Rede Globo TV, os gestores de escolas de Nova Jersey, nos Estados
Unidos, afirmam que os alunos atletas têm melhor desempenho escolar do que os
alunos não atletas, e não pagam mensalidade, como uma forma de incentivo para
os mesmos.
Verificamos,
atualmente, ausência de políticas que estimulem o esporte nas escolas. Muitas
vezes, o desporto escolar não possui objetivos específicos e as escolas estão
despreparadas para o seu desenvolvimento. Não há materiais esportivos em muitas
escolas, que também carecem de espaços, instalações e recursos humanos
qualificados.
Todos ganham com o investimento no
esporte escolar: os alunos, devido aos benefícios físicos, cognitivos e sociais
que já conhecemos; e a escola, devido à repercussão que essa pode ganhar na
comunidade, como exemplo de qualidade e compromisso com o aluno.
(...)
Quem serão os atletas futuros que
representarão o Brasil na Olimpíada? Teoricamente, os adolescentes de hoje, com
idades entre 12 e 14 anos, que já deveriam estar selecionados para um programa
de treinamento de médio e longo prazo, selecionados principalmente nas escolas.
A realidade, porém, é outra. De acordo com o Censo Escolar 2008 do Ministério
da Educação, muitas escolas públicas no
Estado não possuem quadra de esportes ou possuem quadras em estado precário,
sem material esportivo. Talvez, se a Olimpíada tivesse categoria improviso,
esses professores seriam medalhistas.
Podemos considerar ainda como um sonho
dos profissionais de Educação Física a garantia de condições mínimas de
trabalho, como ginásios apropriados, materiais de qualidade e carga horária
adequada, para desenvolver a iniciação desportiva e o trabalho de base dos
atletas que, no futuro, representarão o Brasil nestes eventos esportivos.
Embora não seja esse o único objetivo
da educação física escolar, é uma das oportunidades de os alunos terem contato
com o esporte e de se descobrirem novos talentos. Na situação atual, milhares de alunos nunca saberão seu valor
esportivo. Muitos deles até mostram interesse pela prática de algum esporte,
mas acabam desistindo por diversas razões, como a falta de condições
financeiras e o pouco incentivo dos pais, que também não foram educados para
isso.
Os
raros talentos esportivos do Brasil foram descobertos por acaso, com muita
sorte, abnegação dos pais, patrocínio privado e não fruto de um programa
sistemático, como nos países desenvolvidos. Sabemos que não basta ter talento, se o fator genético é
fundamental. É preciso que, já na infância, ao ser descoberta e selecionada, a
criança seja incentivada a frequentar um programa de desenvolvimento das
valências físicas dentro de uma progressão pedagógica.
Têm-se
diagnosticado vários problemas na educação, como os altos índices de repetência
e evasão, o baixo rendimento dos alunos e a violência. Mesmo assim, não se conseguem
encaminhar soluções consistentes. A educação e, consequentemente, o esporte têm
sido relegados a segundo plano.
(...)
Todos
concordam com a ideia de que as equipes esportivas de representação são
importantes para o desenvolvimento dos alunos e da própria escola. Mas, na prática,
os empecilhos são muitos, desde a falta de um horário e local adequado para o
treinamento destas equipes, apoio financeiro para custear transporte,
inscrições, alimentação, entre outros.
(...)
Por fim, a falta de recursos humanos
diminuiu sensivelmente as possibilidades de as escolas formarem as suas equipes
e participarem dos jogos escolares. Principalmente porque os professores têm
que dar conta das aulas regulares de educação física e treinar as equipes,
conforme a sua disponibilidade de carga horária.
Mudar esta realidade é missão de todos
nós, professores, direções e poder público. A sociedade perde com o retrocesso
que o esporte escolar vem sofrendo. Precisamos valorizar a atividade curricular
da Educação Física e massificar o desporto escolar. Estabelecer diretrizes e
ações para que as escolas sejam importantes formadoras de atletas e cidadãos,
além de criar condições e exigir investimentos em espaço, equipamentos e
materiais necessários.
A educação, e por consequência o
esporte, em um país que cresce econômica e politicamente, precisa ser tema de
discussão no país. Além de investir, são necessários um plano de gestão e a
aplicação de verba, em que é preciso, com estratégias, concretizar mudanças e
virar o jogo.
Marlon Lucchini
Professor de Educação Física da Fundação Liberato
Professor de Educação Física da Fundação Liberato
- Podem-se citar dados estatísticos
com informações relevantes para a temática proposta.
Educação
Apenas
4,5% das escolas têm infraestrutura completa prevista em lei, diz estudo
Apenas 4,5% das escolas públicas do
país têm todos os itens de infraestrutura previstos em lei, no Plano Nacional
de Educação (PNE), de acordo com levantamento feito pelo movimento Todos pela
Educação. As condições de infraestrutura são mais críticas no ensino
fundamental, etapa que vai do 1º ao 9º ano: 4,8% das escolas possuem todos os
itens. No ensino médio, a porcentagem sobe para 22,6%.
O levantamento foi feito com base no
Censo Escolar de 2015 e levou em consideração o acesso a energia elétrica;
abastecimento de água tratada; esgotamento sanitário e manejo dos resíduos
sólidos; espaços para a prática esportiva e para acesso a bens culturais e
artísticos; e, equipamentos e laboratórios de ciências. Foi considerada ainda a
acessibilidade às pessoas com deficiência.
Entre os itens mais críticos estão o
laboratório de ciências – presente em apenas 8,6% das escolas públicas de
ensino fundamental e 43,9% de ensino médio – e a quadra esportiva – presente em apenas 31% de todas as escolas
públicas. Fatores básicos, como acesso à água tratada e esgoto sanitário,
ainda não são universais, sendo verificados, respectivamente, em 91,5% e 37,9%
das escolas públicas. (,,,)
ESPERO QUE VOCÊS POSSAM PRODUZIR UMA EXCELENTE REDAÇÃO!!!
Parabéns Suziane pelo excelente trabalho. Tem me ajudado muito em meus textos. Abraço.
ResponderExcluirFico muito feliz em ajudá-lo!!!
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