segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO UECE (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) - Nº 4 - GÊNEROS TEXTUAIS

 PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO UECE – 2020

Prezado (a) Candidato(a)

Vivemos hoje tempos de muitos desafios para a ciência, tanto pelo pouco investimento, quanto por crenças infundadas, achismos sem comprovação e um negacionismo que tem, na maioria das vezes, fins políticos que visam propagar a ignorância e a alienação das populações.

 *Após a leitura dos textos motivadores e das suas reflexões sobre o negacionismo científico e a valorização da ciência, escolha UMA das propostas abaixo e componha o seu texto.

Proposta 1: Suponha que você faz parte de um grupo de cientistas renomados e decidem fazer um manifesto à população brasileira contra o negacionismo científico, defendendo a importância da ciência para o desenvolvimento da humanidade, o aprimoramento da ciência, o avanço tecnológico e o entendimento das novas relações no mundo contemporâneo. O texto é dissertativo-argumentativo e representa a opinião de um grupo que se dirige à sociedade, portanto é coerente o uso da 1ª pessoa no plural.

Proposta 2: Como cientista que faz parte de uma equipe de pesquisadores, você deve escrever um texto de divulgação científica para uma revista científica sobre a descoberta de uma vacina contra o coronavírus, ressaltando a importância da ciência para garantir, por exemplo, a saúde da população mundial e outros benefícios que só podem ser alcançados com investimento e valorização da ciência. Nesse gênero, é importante o relato das experiências, os desafios superados, os resultados obtidos e os benefícios da descoberta.

TEXTO I

O que move as fake news e o negacionismo científico?

A universidade está sob ataque. E não é só no Brasil. Centros de produção de conhecimento e comunidades de valores éticos e políticos que defendem a democracia, a liberdade de pensamento e o respeito às diferenças, elas se tornaram alvo da onda conservadora e de extrema-direita que atinge diversos países no mundo. A munição desse ataque conjuga o uso de fake news, informações falsas e crenças desprovidas de qualquer evidência, mas que funcionam como critérios identitários, com um mesmo objetivo: desmoralizar as universidades como centro produtores de conhecimento e de diversidade.

Para o pesquisador Ernesto Perini Santos, professor do Departamento de Filosofia, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o resultado conjugado desses ataques é desastroso para a produção do conhecimento. “Se a universidade perde a liberdade e passa a não funcionar mais com a sua própria dinâmica, nós perdemos a produção do conhecimento. A dinâmica de produção do conhecimento tem que funcionar livre de constrangimentos”, afirma.

Disponível em https://outraspalavras.net/outrasmidias/o-que-move-as-fake-news-e-negacionismo-cientifico/. Acesso em 20/04/2020.

TEXTO II

Terraplanismo é uma ideologia. Terraplanismo na Educação, terraplanismo jurídico, terraplanismo econômico…

A compreensão do que é terraplanismo vai além da crença de que o planeta tem formato de pizza. Representa, em última instância, a renúncia não apenas a consensos históricos construídos com base na ciência, mas a uma base racional a partir da qual o mundo é interpretado e decisões são tomadas.

O fenômeno pode ser resumido na lógica de que, se a versão for melhor e mais conveniente que os fatos, que se escolha a versão. Afinal, por meio de paranoias, devaneios e surrealismos é possível chegar a qualquer lugar: Terra plana, conspirações comunistas, movimentos anti-vacina, globalismo, negacionismo, vitimismo, kit gay, ideologia de gênero, balbúrdia em universidades, livros cujo problema é ter um monte de coisas escritas, prisão em segunda instância, reforma da Previdência, etc. Tudo isso entra no balaio do terraplanismo. (...)

Disponível em https://www.cartacapital.com.br/opiniao/alem-da-terra-plana-o-terraplanismo-como-metodo-do-governo-bolsonaro/. Acesso em 20/04/2020.


TEXTO III

O que faz uma boa ciência? 

A ciência é um meio importante de produção de conhecimento e um caminho para conseguir aquilo que se aproxima da verdade. Uma boa ciência é resultado de processos rigorosos. Parte do rigor da ciência e da criação de conhecimento é o processo de revisão entre pares, que é um meio de reforçar não apenas os fatos incorretos, mas também a transparência.

A ciência não é a verdade absoluta. Descobertas científicas são o começo, não são o fim, nem o término da busca pela verdade. Dados empíricos usados na ciência que podem ser verificados formam uma base sólida para uma discussão robusta, debates e tomadas de decisão. Os cientistas trazem um grau de racionalidade que cria uma maior probabilidade para que o melhor interesse da sociedade ou o interesse público possam ser levados em consideração com relação à, por exemplo, tomadas de decisões.

A ciência, logo, é um hábito de exercitar a mente para ajudar a se pensar através de um fenômeno especialmente difícil e complexo. Isso faz da ciência algo importante no exercício da democracia. Isso não é possível sem fatos e informação que permitam eleitores fazerem escolhas informadas em eleições, por exemplo, ou ajudem na elaboração de políticas seguras que melhor promovam o interesse público. A Ciência também possibilita o discernimento dos membros do público para que o mundo e as palavras deles façam sentido. 

Disponível em https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2019/03/por-que-ciencia-e-tao-importante-neste-momento-de-mentiras-e-fake-news.html. Acesos em 20/04/2020.


domingo, 8 de novembro de 2020

MODELO DE REDAÇÃO ESTILO ENEM SOBRE A PROPOSTA Nº 69 - SUICÍDIO

MODELO DE REDAÇÃO ESTILO ENEM

Esta redação foi feita também como exemplo de uso do repertório sociocultural postado no blog sobre o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han.

“A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO AO SUICÍDIO COMO POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE” 

A taxa de suicídio aumentou cerca de 7% no Brasil, segundo relatório da OMS, que afirmou ainda ser a segunda maior causa de morte ente os jovens de 15 a 29 anos. Esses dados mostram, infelizmente, que o autocídio é um problema extremamente relevante que ceifa a alegria, os sonhos e a vida de várias pessoas, provocado, muitas vezes, pela falta de fé, de esperança e por uma dor existencial. Na tentativa de cuidar daqueles que estão passando por tamanho sofrimento, é imprescindível que se discuta a importância da prevenção ao suicídio como política pública de saúde.

Nesse contexto de tristeza que envolve a questão do suicídio, o filósofo sul-coreano Byung-Chull Han afirma que “a perda moderna da fé, que não diz respeito apenas a Deus e ao além, mas à própria realidade, torna a vida humana radicalmente transitória”. Esse pensamento de Han reflete a situação em que muitas pessoas vivem hoje de descrença, de falta de perspectiva, de desânimo, que suga a vontade de viver e coloca, como única saída para as suas aflições, a morte. Apesar de depender de uma escolha pessoal, o suicídio pode ser evitado em alguns casos, quando há uma rede de apoio para amparar quem está sofrendo e para prestar auxílio aos familiares que precisam aprender a lidar com esse drama. Desse modo, entende-se que é muito importante adotar políticas públicas de prevenção que busquem minimizar o autocídio.

Em acréscimo, sabe-se que o ato de tirar a própria vida é a segunda maior causa de morte entre os jovens, fato que gera uma enorme preocupação aos pais, pois estes não sabem, muitas vezes, o que está acontecendo com os seus filhos e filhas, por falta de diálogo, de empatia, ou mesmo pelo fato de seus descendentes não quererem que os genitores sofram ao verem o sofrimento deles. Dessa forma, um sentimento de impotência toma conta de todos os sujeitos e amplia o desespero, dificultando ainda mais que a prevenção aconteça. Por conta disso, verifica-se como é essencial que os envolvidos tenham a oportunidade de receber auxílio especializado, por meio do acompanhamento de psicólogos, de psiquiatras e de assistentes sociais, além do acesso a medicamentos que possam melhorar a saúde mental.

Diante dos fatos supracitados, conclui-se que a questão do suicídio não pode passar despercebida, nem ser ignorada, seja por familiares, instituições ou representantes políticos. Para tentar formar uma rede de apoio, cabe ao Ministério da Saúde coordenar um trabalho junto aos CAPS, que são Centros de Atenção Psicossocial, por meio de mais investimentos e da compra de medicamentos, para que os profissionais possam atender mais pacientes e auxiliar suas famílias na prevenção ao suicídio. Ademais, os pais ou responsáveis precisam estreitar os laços afetivos com seus filhos, de forma atenciosa, paciente e interativa, a fim de que estes se sintam confiantes para confidenciar as suas angústias e, assim, juntos, consigam encontrar uma saída para a vida não ser tão transitória, como declarou  Byung-Chull Han.

Autora: Suziane B. Coelho  

ANÁLISE TEXTUAL E ESTRUTURAL DA REDAÇÃO-MODELO

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INTRODUÇÃO (1º PARÁGRAFO)

u A introdução começou com a citação de um repertório sociocultural estatístico sobre o aumento do suicídio no Brasil nos últimos anos.

u A partir dos dados informados, inicia-se a apresentação do assunto mais geral (suicídio) e de possíveis causas do problema (“provocado, muitas vezes, pela falta de fé, de esperança e por uma dor existencial”)

u Em seguida, defende-se a TESE de que é importante se discutir a importância da prevenção ao suicídio como política pública de saúde para cuidar daqueles que estão sofrendo. (Aqui se entra no TEMA propriamente dito)

DESENVOLVIMENTO (2º PARÁGRAFO)

u O 2º parágrafo inicia com um repertório do filósofo Byung-Chul Han sobre a perda moderna da fé e como isso torna a vida transitória. Todo repertório deve ser explicado e depois relacionado com a argumentação do parágrafo.

u Apesar de não ser um repertório que fale diretamente do suicídio, pode ser atrelado à questão, por meio de um comentário que o relacione com o tema e com algum aspecto comentado no texto. No caso, a falta de fé e a transitoriedade da vida foram relacionadas com as causas do suicídio citadas na introdução.

u Em seguida, defende-se a importância de proporcionar auxílio a todos que sofrem com tal situação, com a adoção de políticas públicas de prevenção, como defende o tema. É importante que a argumentação sempre leve à defesa do TEMA.

DESENVOLVIMENTO (3º PARÁGRAFO)

u O 3º parágrafo inicia retomando a informação citada na introdução de que o suicídio é a segunda maior causa de morte entre os jovens e relaciona isso com a preocupação dos pais e as dificuldades que estes enfrentam em manter um diálogo aberto com os filhos.

u A retomada de repertório não é obrigatória no Enem, mas é algo valorizado, porque mostra a importância do repertório para a argumentação e ajuda a montar um projeto de texto coeso e coerente do início ao fim.

u Como consequência desse conflito, vem o sentimento de impotência e a dificuldade de enfrentamento do problema, justificando a importância de um auxílio especializado e do acesso a medicamentos necessários para o tratamento.

CONCLUSÃO (4º PARÁGRAFO)

u Inicia-se a conclusão com uma opinião final sobre o fato de não poder ignorar a questão do suicídio. Marcar a OPINIÃO é muito importante, já que se trata de um texto dissertativo-argumentativo.

u Em seguida, cita-se a 1ª proposta de intervenção, que apresenta 6 elementos (só contam 5 para atribuir o nível da Competência), fazendo referência às políticas públicas necessárias para prevenir o suicídio (comentada no 2º parágrafo), conforme propõe o tema da redação explicitado na Introdução.

u Acrescenta-se mais uma solução, que também apresenta 5 elementos, para fazer referência à situação comentada no 3º parágrafo sobre o relacionamento dos pais com seus filhos.

u Mesmo que a 1ª solução já apresente os 5 elementos,  devem-se citar soluções para os problemas comentados no texto, portanto a questão do relacionamento entre pais e filhos não poderia ficar sem uma intervenção.

u Por fim, no detalhamento da 2ª intervenção, faz-se uma retomada do repertório filosófico citado no 2º parágrafo sobre a transitoriedade da vida para fechar a redação.

 

1º PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

2ª PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

 

Apresenta 6 elementos

Apresenta 5 elementos

1ª Finalidade

Para tentar formar uma rede de apoio

Agente:

os pais ou responsáveis

Agente:

Ministério da Saúde

Ação:

precisam estreitar os laços afetivos com seus filhos

Ação:

coordenar um trabalho junto aos CAPS

Modo/meio:

de forma atenciosa, paciente, interativa

Detalhamento da ação:

que são Centros de Atenção Psicossocial

1ª Finalidade:

a fim de que estes se sintam confiantes para confidenciar as suas angústias

Modo/meio:

por meio de mais investimentos e da compra de medicamentos

Detalhamento: 2ª Finalidade (consequência da primeira)

e, assim, juntos, consigam encontrar uma saída para a vida não ser tão transitória, como declarou  Byung-Chull Han.

2ª Finalidade:

para que os profissionais possam atender mais pacientes e auxiliar suas famílias na prevenção ao suicídio.

 

 

 

 Por Suziane B. Coelho

terça-feira, 3 de novembro de 2020

ATIVIDADE DE GRAMÁTICA - ASSUNTO: CRASE

            ATIVIDADE DE GRAMÁTICA - ASSUNTO: CRASE

Texto I

Disponível em http://redebonja.cbj.g12.br/ielusc/revi_2005/revi_mod_reg.php?id=7094. Acesso em 06/05/2019.

01. Com relação ao uso do sinal indicativo da crase na placa de trânsito acima, pode-se afirmar que

A) ocorreu um erro, porque o nome “sujeito” não pede preposição.

B) houve um erro, porque não ocorre crase antes de palavras masculinas.

C) ocorreu um erro, porque o sinal que era para ser grave, é representado com o agudo.

D) o uso do sinal grave ocorreu por exigência do nome “sujeito”, que pede uma preposição.

02. O fenômeno da crase pode ocorrer por motivos diferentes. Na frase “Ao passar junto às pedras onde os meninos atiravam cobras mortas,...” ocorreu a crase devido

A) à exigência da preposição A, feita pelo nome “junto” e à aceitabilidade do artigo AS pelo substantivo “pedras”.

B) à exigência da preposição A, feita pelo verbo “passar” e à aceitabilidade do artigo AS pelo substantivo “pedras”.

C) à exigência da preposição A, feita pelo nome “junto” e à exigência do artigo AS pelo adjetivo “pedras”.

D) à junção de duas preposições exigidas pela pelo nome “junto” e pelo substantivo “pedras”.

03. No período “A liberdade de expressão é, sem dúvida, um dos mais sagrados e fundamentais direitos e que fique bem claro que ele não se reduz à liberdade de opinião e a manifestação do pensamento”, ocorreu o fenômeno da crase porque

A) o substantivo feminino “liberdade” pede a preposição “a”, com o sinal grave.

B) o verbo “reduzir-se” pede a preposição “a” e nome seguinte dispensa o uso do artigo “a”.

C) o verbo “reduzir-se” pede a preposição “a” e o substantivo feminino “liberdade” aceita o artigo “a”.

D) a expressão “liberdade de opinião” é uma locução adverbial feminina que exige sempre a ocorrência da crase.

Texto II

Disponível em https://descomplica.com.br/blog/materiais-de-estudo/portugues/lista-concordancia-verbal/. Acesso em 0/08/2020.

04. Ao observar a frase do cartaz colocado no muro de um condomínio, percebe-se que empregado o sinal grave, que representa a crase. Sobre a presença desse sinal, pode-se afirmar que

A) Seu uso está errado, porque o verbo reverter não pede preposição.

B) A ocorrência da crase, neste exemplo, é opcional, podendo ou não ser usada.

C) Seu uso está correto, porque o verbo reverter pede preposição A e o substantivo seguinte pede o artigo feminino A.

D) Há um erro no uso do sinal grave, pois se trata apenas da preposição A, já que está no singular, sem a união com o artigo feminino A.

05. “Antes de ceder à tentação de responder um retumbante "não", te convido a refletir”. Na oração destacada, o sinal indicativo da crase foi empregado corretamente. Assinale a alternativa que apresenta, assim como no exemplo, o uso correto da crase.

A) Devemos desconstruir um à um cada preconceito.

B) As injustiças sociais despertaram à revolta da população negligenciada.

C) Os pacientes recuperados dedicaram aplausos às enfermeiras e médicas.

D) Os operários se indignaram contra às novas mudanças nas leis trabalhistas.

06. “A diferença entre a comunidade e a rede é que você pertence ๠comunidade, mas a rede pertence você”. No período em destaque, observa-se que, em dois momentos de uso do verbo “pertencer”, ocorreram duas situações de uso do A, uma com crase e outra sem crase. Por quê? 

A) I. Ocorre crase, porque o verbo pede a preposição A e o substantivo feminino seguinte aceita o artigo A.

     II. Não ocorre crase, porque há apenas a preposição A e o pronome você não aceita o artigo A.

B) I. Ocorre crase, porque se trata de expressão adverbial feminina.

     II. Não ocorre crase, porque há apenas a preposição A e o pronome você não aceita o artigo A.

C) I. Ocorre crase, porque o verbo pede a preposição A e o substantivo feminino seguinte aceita o artigo A.

     II. Não ocorre crase antes de palavras masculinas.

D) I. Ocorre crase, porque o verbo pede a preposição A, independente do substantivo que o segue.

     II. Não ocorre crase, porque há apenas o artigo A e o pronome você não aceita a preposição A.

07. Na frase “é direito de todo ser humano o acesso à educação básica”, ocorreu a crase porque

A) o substantivo feminino “educação” pede a preposição “a”, com o sinal grave.

B) a palavra “acesso” pede a preposição “a” e nome seguinte dispensa o uso do artigo “a”.

C) a palavra “acesso” pede a preposição “a” e o nome seguinte é um substantivo feminino, que aceita o artigo “a”.

D) a expressão “educação básica” é uma locução adverbial feminina que exige sempre a ocorrência da crase.

Texto III

Disponível em http://profealedocespalavras.blogspot.com/2011/10/com-o-erro-tambem-se-aprende.html. Acesso em 22/04/2019.

08. Sobre o sinal indicativo da crase presente no cartaz, é correto afirmar:

A) há um erro porque o acento presente no cartaz é o agudo e não o acento grave.

B) há erro no uso do acento grave porque, antes de palavra masculina, não ocorre crase.

C) há erro de ocorrência da crase em expressões que trazem nomes de animais, indicando modo.

D) o sinal indicativo da crase foi empregado corretamente na expressão “à cavalo”, indicando modo.

09. “Todo sábado eu acordo às 6 e como três tigelas de cereal...”. A ocorrência da crase na oração em destaque se deu pelo fato de

A) o verbo acordar exigir uma preposição.

B) ser uma locução adverbial feminina.

C) estar antecipando um numeral.

D) estar indicando horas.

10. A crase ocorre devido à união da preposição A, exigida por um verbo ou por um nome, com o artigo definido A, que acompanha o substantivo feminino. Sabendo disso, aponte a alternativa em que o sinal indicativo da crase deve ser inserido.

A) A população não pode aceitar a letargia do governo com destruição da Amazônia.

B) Houve um equívoco quanto a divulgação antecipada da resolução governamental.

C) Houve uma adesão excelente a essa campanha de proteção aos animais.

D) Estamos a um passo de descobrir os culpados por este crime horrendo.

 

Por Suziane Coelho

GABARITO:

01. B/ 02. A/ 03. C/ 04. D/ 05. C/ 06. A/ 07. C/ 08. B/ 09. D/ 10. B



 

 






segunda-feira, 26 de outubro de 2020

REDAÇÃO ESTILO ENEM - COMPETÊNCIA 1: CRASE (PARTE 2)

CRASE (PARTE 2) 

USO INDEVIDO DA CRASE

USO INDEVIDO DA CRASE

EXEMPLOS

EXPLICAÇÃO

“...punições à quem descumprir...”

·      Não se usa crase antes de pronomes: que, quem...: “...punições a quem descumprir...” (preposição)

“... não houve dedicação à ela durante o período em que ficou no hospital internada...”

·      Não se usa crase com os pronomes: você, ele, ela, eles, elas, nós, vós...: “... não houve dedicação à ela durante o período em que ficou no hospital internada...”

“Análogo à isso,...”

“...no combate à essa realidade violenta..."

·      Não se usa crase antes de pronomes: esse, este, essa, esta, isso, isto: "Análogo a isso,...” (preposição)/ “...no combate a essa realidade violenta...“ (preposição)

“...acesso à uma renda mínima..." 

·      Não se usa crase antes de artigos indefinidos: “...acesso a uma renda mínima..." (preposição)

“Após a Semana de Arte Moderna em 1922, à linguagem adentrou o mundo artístico...”

·      O termo que acompanha o substantivo “linguagem” é apenas um artigo, já que não há nenhum nome/verbo antecedente que exija a presença de uma preposição, portanto não ocorre crase: “Após a Semana de Arte Moderna em 1922, a linguagem adentrou o mundo artístico...”

“Neste tempo de discursos de ódio, muitas pessoas não estão dispostas à ouvir o outro que pensa diferente...”

       ·       Não se usa crase antes de verbos: “Nesse tempo de discursos de ódio, muitas pessoas não estão dispostas a ouvir o outro que pensa diferente...”

“Com tanta disseminação de fake News, o cidadão não pode levar à sério tudo que é compartilhado por meio de redes sociais...”

      ·      Não se usa crase com palavras masculinas: “Com tanta disseminação de fake News, o cidadão não pode levar a sério tudo que é compartilhado por meio de redes sociais...”

 


quinta-feira, 22 de outubro de 2020

REDAÇÃO ESTILO ENEM - COMPETÊNCIA 1: CRASE (PARTE 1)

COMPETÊNCIA 1: CRASE (PARTE 1)

          A crase é um fenômeno linguístico que ocorre devido à regência de um nome ou de um verbo que pede a preposição A e, logo depois vem um substantivo feminino que aceita o artigo definido A.

1. O que está relacionado, está relacionado A (preposição)alguma coisa.

2. Ansiedade é um substantivo feminino que aceita o artigo A.

 

·       EXEMPLOS DE FRASES

        EXPLICAÇÃO

  •          “...situação laborativa se opõe a integridade econômica e pessoal do indivíduo,...” 

        O verbo “opor-se” é transitivo indireto e pede a preposição A + substantivo feminino (artigo A):

        “...situação laborativa se opõe à integridade econômica e pessoal do indivíduo,...” 

        "...faz-se necessário aplicar esse  pensamento as práticas xenofóbicas..."

 

        ·       O verbo “aplicar” é transitivo direto/indireto e pede a preposição A (no objeto indireto) + substantivo feminino (artigo As):

        ·       "...faz-se necessário aplicar esse pensamento às práticas xenofóbicas..." 

        “...passou a ter dificuldades para se posicionar frente as adversidades de seu cotidiano...”

 

        ·       O nome “frentepede a preposição A + substantivo feminino (artigo As):

        ·       “...passou a ter dificuldades para se posicionar frente às adversidades de seu cotidiano...” 

 

 

ATENÇÃO: Uma dica que pode ajudar na hora do sufoco, para saber se coloca o sinal indicativo da crase ou não, é trocar (mentalmente) o substantivo feminino por um masculino. Se, com o masculino, usarmos a contração AO, com o feminino, usaremos À.

Exemplo:Isso se deve (a) ausência do poder público em áreas periféricas”.

Seguindo a dica: Se no lugar de “ausência” (substantivo feminino) usássemos a palavra “descaso” (substantivo masculino), a oração ficaria assim: Isso se deve AO descaso do poder público em áreas periféricas”.

Sendo assim: Se, com o masculino, usa-se AO, com o feminino, usa-se À.

Exemplo:Isso se deve à ausência do poder público em áreas periféricas”.