segunda-feira, 20 de maio de 2019

MODELO DE REDAÇÃO ESTILO ENEM (9) - EDUCAÇÃO SEXUAL



OLÁ, GALERA! SEGUE UM MODELO DE REDAÇÃO ESTILO ENEM QUE EU ELABOREI SOBRE A PROPOSTA 52 DESTE BLOG. 

MODELO DE REDAÇÃO ESTILO ENEM – PROFESSORA SUZIANE BRASIL

TEMA: OS DESAFIOS DE SE INCLUIR A EDUCAÇÃO SEXUAL NAS ESCOLAS BRASILEIRAS

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a educação sexual está relacionada à promoção de direitos que toda pessoa deve ter como saúde, educação, informação e não discriminação, entretanto, muitas pessoas defendem que esse tipo de educação é dever, apenas, da família. Porém, o que se percebe é que esta ainda encontra muita dificuldade em estabelecer um diálogo aberto, dessa natureza, entre seus membros. Dessa forma, reconhecendo a importância dessa orientação para crianças e jovens, defende-se que essa educação deve ocorrer também durante os anos escolares, para que a formação ocorra de forma gradativa, adequada à faixa etária e com informações corretas.
No tocante ao desafio de se incluir a educação sexual nas escolas, percebe-se que ainda há um grande conflito entre a opinião de alguns pais e o fato de a escola oferecer informações embasadas a crianças e adolescentes sobre questões que envolvem a sexualidade. Tal entrave dificulta que esse público tenha acesso a conhecimentos que podem contribuir positivamente para a formação plena do indivíduo, evitando que muitos problemas ocorram, como abuso sexual infantil, gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis. Em países, como a Holanda, em que a educação sexual é vista como algo natural e saudável, ela ocorre a partir dos 4 anos, com abordagens diferenciadas, de acordo com a faixa etária, orientando sobre respeito ao próprio corpo e ao dos outros, consenso, DSTs, métodos contraceptivos entre outros. É fácil constatar que, em países que investem em educação sexual, a taxa de gravidez na adolescência, por exemplo, está entre as menores do mundo, como no caso da Holanda, onde a taxa de natalidade entre adolescentes de 10 a 19 anos é de 7 em 1000, enquanto no Brasil é de cerca de 68,4 em cada 1000, conforme relatório da ONU.
Desta sorte, cumpre salientar ainda que um outro impasse observável concerne à cultura machista e patriarcal ainda muito presente na população brasileira, que faz com que pais e mães deem um tratamento diferenciado a filhos e filhas, sempre incentivando a “predação” masculina em detrimento da repressão feminina, fato este que ajuda a formar uma sociedade extremamente misógina. Infelizmente, esse pensamento ainda é predominante na maioria das famílias e, por isso, a escola tem um papel fundamental na tentativa de oferecer uma educação sexual para ambos os sexos, ressaltando a igualdade de gêneros, bem como as responsabilidades que homens e mulheres devem assumir em relação ao comportamento sexual.
Em decorrência da análise supracitada, é oportuno consignar que incluir a educação sexual nas escolas é fulcral para que meninos e meninas tenham as mesmas oportunidades de receber orientações adequadas às suas idades e, assim, possam assumir uma conduta consciente em relação à sexualidade. Para isso, faz-se mister que o Ministério da Educação inclua a educação sexual no currículo escolar, por meio de temas transversais, que devem ser abordados nas disciplinas de Biologia e Sociologia, por exemplo, com o escopo de orientar adequadamente crianças e jovens. Ademais, cabe às famílias entenderem que a educação machista contribui para a questão da desigualdade entre os gêneros e para a opressão que muitas mulheres sofrem em seus relacionamentos sociais e pessoais. Desse modo, talvez, consiga-se construir uma sociedade menos repressora e mais esclarecedora sobre assuntos de ordem sexual, como defende a Organização das Nações Unidas.
Autora: Profª Suziane Brasil Coelho

2 comentários:

  1. legal esse post. Quero bolar algo assim para o colegio zona norte sp, bacana demais recomendo

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    1. Obrigada, Lorena! Há várias redações-modelo neste blog, em publicações anteriores. Dá uma olhadinha!

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