A partir da leitura dos textos
motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “As consequências da permanência
da desigualdade social no Brasil ”, apresentando proposta de intervenção
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Texto I
DESIGUALDADE
LEVARÁ À 'BARBÁRIE' NO LONGO PRAZO, ALERTA HISTORIADOR
24.01.2018
Crise, que crise? O número de
bilionários brasileiros aumentou quase 40% em 2017 na comparação com 2016,
aponta a ONG britânica Oxfam. Em relatório publicado nesta semana, a
organização divulgou informações sobre a desigualdade global.
Segundo a Oxfam, a cada dia de 2017 um
novo bilionário surgia e 82% de toda a riqueza gerada no ano passado ficou nas
mãos do 1% mais rico e nada ficou com os 50% mais pobres.
Ao todo, existem hoje no mundo todo
2.043 bilionários e 90% deles são homens. No Brasil, esta classe de ultrarricos
conta com 43 pessoas (em 2016, eram 31).
Outro ponto destacado pela Oxfam é que
as mulheres fornecem, anualmente, US$ 10 trilhões em cuidados não remunerados
para sustentar a economia global.
Desigualdade:
5 brasileiros têm riqueza equivalente à soma dos 104 milhões mais pobres
A publicação utiliza como base a lista
de bilionários da revista Forbes e do banco Credit Suisse.
A
Sputnik Brasil conversou com Rafael Araújo, professor de história e de relações
internacionais do Instituto Federal de Sergipe, para entender o significado
destas cifras e qual o caminho que o Brasil está trilhando.
"Ao longo prazo, esse cenário vai
levar à barbárie. Não há sistema político e econômico que se sustente com um
numero tão grande de indivíduos totalmente à margem", afirma Rafael
Araújo.
Para Araújo, o relatório da Oxfam indica
uma tendência de crescimento da desigualdade desde a crise econômica mundial de
2009. No caso brasileiro, a situação é ainda mais sensível já que o cenário é
acompanhado da "retirada de direitos sociais e trabalhistas".
O professor do Instituto Federal de
Sergipe também pontua que os brasileiros têm uma "dificuldade
histórica" em discutir distribuição de renda e impostos sobre grandes
fortunas — um item que está previsto na Constituição, relembra Araújo.
Disponível em https://br.sputniknews.com/economia/2018012410349571-desigualdade-levara-barbarie-alerta-historiador/. Acesso em 25/02/2019.
Texto II
“Num mundo no qual todos trabalhassem pouco, tivessem o alimento
necessário, vivessem numa casa com banheiro e refrigerador e possuíssem carro
ou até avião, a forma mais óbvia e talvez mais importante de desigualdade já
teria desaparecido. Desde o momento em que se tornasse geral, a riqueza
perderia seu caráter distintivo. Claro, era possível imaginar uma sociedade na
qual a riqueza, no sentido de bens e luxos pessoais, fosse distribuída
equitativamente, enquanto o poder permanecia nas mãos de uma pequena casta
privilegiada. Na prática, porém, uma sociedade desse tipo não poderia
permanecer estável por muito tempo. Porque se lazer e segurança fossem
desfrutados por todos igualmente, a grande massa de seres humanos que costuma
ser embrutecida pela pobreza se alfabetizaria e aprenderia a pensar por si; e
depois que isso acontecesse, mais cedo ou mais tarde essa massa se daria conta
de que a minoria privilegiada não tinha função nenhuma e acabaria com ela. A
longo termo, uma sociedade hierárquica só era possível num mundo de pobreza e
ignorância.“ — George Orwell 1984
https://citacoes.in/autores/george-orwell/. Acesso em 25/02/2019.
https://citacoes.in/autores/george-orwell/. Acesso em 25/02/2019.
Disponível em http://desniveissociais.blogspot.com/2010/04/charge-da-semana_30.html. Acesso em 27/02/2019.
Texto IV
DESIGUALDADE
É A MAIOR EM SETE ANOS NO BRASIL
Jornal O POVO - 27/02/2019
A situação ainda precária no mercado de
trabalho fez a concentração de renda se aprofundar no País ano passado. No
quarto trimestre de 2018, a desigualdade, quando observada a renda domiciliar
per capita, atingiu o maior patamar em pelo menos sete anos, segundo o
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
O Índice de Gini do rendimento
domiciliar per capita com trabalho subiu de 0,6156 no terceiro trimestre de
2018 para 0,6259 no quarto trimestre do ano, o 16º trimestre consecutivo de
aumento. O Gini mede a desigualdade de 0 a 1 - quanto mais perto de 1, maior é
a concentração de renda.
No quarto trimestre de 2018, o índice
atingiu o maior patamar da série histórica iniciada no primeiro trimestre de
2012. Segundo Daniel Duque, pesquisador do Ibre/FGV, entre as razões para a
piora na desigualdade de renda está a ausência de ganho real no salário mínimo
e a dificuldade de trabalhadores menos qualificados aumentarem seus
rendimentos. (AE)
Disponível em https://www.opovo.com.br/jornal/farol/2019/02/38100-desigualdade-e-a-maior-em-sete-anos-no-brasil.html. Acesso em 27/02/2019.
Nenhum comentário:
Postar um comentário