TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Desmatamento da Amazônia em abril de 2020 é o maior em dez anos
Segundo a Imazon, área florestal desmatada em abril foi de 529 km²,
equivalente ao município de Porto Alegre
19
de Maio de 2020
O desmatamento da floresta
amazônica aumentou 171%
em abril deste ano com relação ao mesmo período de 2019, de acordo com dados do
Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente
da Amazônia (Imazon), que não é ligado ao governo. O desmatamento, o maior em
dez anos no País, representa 529 km² de floresta derrubada, o que equivale
aproximadamente ao território do município de Porto Alegre. (...)
Segundo Cristiane Mazzetti, uma das
responsáveis pela Campanha da Amazônia da ONG Greenpeace, o governo de Jair
Bolsonaro (sem partido) “implementou uma política antiambiental, que enfraqueceu órgãos de controle,
seja reduzindo orçamento, seja afastando ou mudando posições estratégicas ou
reduzindo o número de fiscalizações. Então, a capacidade de controlar o crime
ambiental no Brasil ficou muito menor nesse governo”. (...)
Durante o primeiro ano do governo de
Jair Bolsonaro, o desmatamento na Amazônia foi maior em territórios com a
presença de povos indígenas isolados,
como comunidades Yanomami. Segundo dados oficiais do sistema Prodes (Inpe), o
desmatamento nas Terras Indígenas em 2019 foi 80% maior em comparação com o ano
de 2018. Já nos territórios com a presença de povos indígenas isolados o
desmatamento aumentou em 113%.
Disponível
em https://www.brasildefato.com.br/2020/05/19/desmatamento-da-amazonia-em-abril-de-2020-e-o-maior-em-dez-anos. Acesso em 05/06/2020.
TEXTO II
Disponível em https://blogdoaftm.com.br/chargedesmatamento-cresce-15-em-12-meses-na-amazonia/.
Acesso em 05/06/2020.
TEXTO III
Desmatamento na
Amazônia: Quem são os responsáveis?
Guilherme Carvalho, coordenador do
programa da FASE na Amazônia, falou sobre o processo histórico do desmatamento
na Amazônia no canal da Mídia Ninja
“Quem são os responsáveis diretos pelo desmatamento?”,
questiona Maurren. Guilherme responde explicando que há um consórcio que eles
chamam de “consórcio do crime”. Esse “consórcio” envolve grileiros, milícia,
contrabando, tráfico de drogas e pistolagem. “Esses grupos se associaram em
torno da apropriação das terras da Amazônia, das terras públicas, e com isso
fazem com que o desmatamento exploda. O próprio “dia do fogo” que ficou
conhecido mundialmente, é isso. Esse setor do crime organizado, com diferentes
segmentos, se associou para tacar fogo na floresta e ocupar essas terras”. Ele
ressalta ainda que, no caso de algumas regiões como Santarém, o setor
mobiliário, que quer transformar essas áreas em áreas de expansão de
condomínios, também está envolvido nesse processo. (...)
A apresentadora ressalta ainda que no Brasil há mais de 220
milhões de hectares usados para a pecuária, sendo que 40% desse setor está na
Amazônia. “Entre todos os tipos de vetores, (mineração, agronegócio, garimpo,
hidrelétricas, ferrovias, rodovias) a pecuária é, historicamente, um importante
vetor desse desmatamento. Além de todo o impacto ambiental e a destruição de
áreas gigantescas da Amazônia que vem sendo usurpadas, não só áreas públicas,
mas também áreas de comunidades através da grilagem, você tem no brasil, por
conta disso, mais de 60 milhões de hectares de pasto degradado ou subutilizado.
60 milhões de hectares é o dobro da área do estado de São Paulo. Não tem como
falar de desmatamento sem falar da pecuária”. (...)
Disponível em https://fase.org.br/pt/informe-se/noticias/ecoinspiracao-desmatamento-na-amazonia-quem-sao-os-responsaveis/. Acesso em 05/06/2020.
TEXTO IV
15 pontos para entender os rumos da desastrosa política ambiental no
governo Bolsonaro
(...)
3. Fim das Reservas Legais
Projeto
de Lei do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) defende o fim das Reservas Legais –
área protegida que não pode ser desmatada em propriedades rurais – alegando o
"direito constitucional de propriedade". Ao apresentar o projeto, o
filho do presidente criticou o que chamou de "ecologia radical,
fundamentalista e irracional" que prejudicaria o desenvolvimento do país.
Estudo feito pelo engenheiro agrônomo Gerd Sparovek, professor da Universidade
de São Paulo (USP) e pesquisador da Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz (Esalq), indica que, se esse projeto for aprovado, a área desmatada
poderia alcançar 167 milhões de hectares (maior que o estado do Amazonas). Isso
equivale a 30% de toda a vegetação nativa do Brasil. Em uma nota técnica
divulgada semana passada, 116 pesquisadores da Embrapa (de 31 institutos de
pesquisa) também se manifestaram contra o projeto de Flávio Bolsonaro. Nem o
presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira
(MDB/RS), apoia o projeto. Em entrevista ao Canal Rural, ele declarou o
seguinte: "Nós, que passamos tanto tempo para construir o Código
Florestal, certamente não queremos nenhuma ideia que seja radicalizada".
Disponível em https://g1.globo.com/natureza/blog/andre-trigueiro/post/2019/06/03/15-pontos-para-entender-os-rumos-da-desastrosa-politica-ambiental-no-governo-bolsonaro.ghtml.
Acesso em 06/06/2020.
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo
em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA E SUAS
IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS”, apresentando proposta de intervenção que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário