Você que está se preparando para o Enem 2019 não
pode deixar de ler esse material postado no blog
decifrandotextosecontextos.blogspot.com sobre o filósofo contemporâneo Byung-Chul
Han. Essa matéria foi publicada pelo jornal El País e resume os principais
pensamentos defendidos por Han a partir de uma análise dissecante dos
comportamentos individuais e sociais na pós-modernidade. Ainda tem dicas de temas para redação em cada tópico abordado! Leia e confira!!
Byung-Chul
Han: “Hoje o indivíduo se explora e acredita que isso é realização”
O filósofo sul-coreano, um destacado dissecador da
sociedade do hiperconsumismo, fala sobre suas críticas ao “inferno do igual”
As Torres Gêmeas, edifícios idênticos que se
refletem mutuamente, um sistema fechado em si mesmo, impondo o igual e
excluindo o diferente e que
foram alvo de um ataque que abriu um buraco no sistema global do igual. Ou as pessoas
praticando binge watching (maratonas
de séries), visualizando continuamente só aquilo de que gostam: mais uma vez,
multiplicando o igual, nunca o diferente ou o outro... São duas das poderosas
imagens utilizadas pelo filósofo sul coreano Byung-Chul Han (Seul,
1959), um dos mais reconhecidos dissecadores dos males que acometem a sociedade
hiperconsumista e neoliberal depois da queda do Muro de Berlim. Livros como A Sociedade do Cansaço, Psicopolítica e A Expulsão do Diferente reúnem
seu denso discurso intelectual, que ele desenvolve sempre em rede: conecta
tudo, como faz com suas mãos muito abertas, de dedos longos que se juntam
enquanto ajeita um curto rabo de cavalo.
“No 1984 orwelliano a sociedade era consciente de que
estava sendo dominada; hoje não temos nem essa consciência de dominação”,
alertou em sua palestra no Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona (CCCB),
na Espanha, onde o professor formado e radicado na Alemanha falou sobre a
expulsão da diferença. E expôs sua particular visão de mundo, construída a
partir da tese de que os indivíduos hoje se autoexploram e têm pavor do outro,
do diferente. Vivendo, assim, “no deserto, ou no inferno, do igual”.
Temas:
1. A exposição exagerada nas redes sociais
2. O consumo exacerbado e a ditadura do igual
3. A autenticidade da aparência e do
comportamento nas redes sociais.
Temas:
1. O capitalismo e a indústria do consumo
2. A padronização como elemento essencial da
engrenagem capitalista.
Temas:
1. O estresse no ambiente de trabalho
2. Trabalho
escravo na contemporaneidade
3.
Síndrome de Burnout: um drama da sociedade atual
Temas:
1. Fake News e suas consequências na
sociedade.
2. O controle de dados e a manipulação dos
usuários.
3. A liberdade de pensamento e o controle de
dados.- ‘Big data’.”Os macrodados tornam supérfluo o pensamento porque se tudo é quantificável, tudo é igual... Estamos em pleno dataísmo: o homem não é mais soberano de si mesmo, mas resultado de uma operação algorítmica que o domina sem que ele perceba; vemos isso na China com a concessão de vistos segundo os dados geridos pelo Estado ou na técnica do reconhecimento facial”. A revolta implicaria em deixar de compartilhar dados ou sair das redes sociais? “Não podemos nos recusar a fornecê-los: uma serra também pode cortar cabeças... É preciso ajustar o sistema: o ebook foi feito para que eu o leia, não para que eu seja lido através de algoritmos... Ou será que o algoritmo agora fará o homem? Nos Estados Unidos vimos a influência do Facebook nas eleições... Precisamos de uma carta digital que recupere a dignidade humana e pensar em uma renda básica para as profissões que serão devoradas pelas novas tecnologias”.
Temas:
1. O respeito à diversidade cultural, social e de gênero.
2. As relações pessoais no século XXI: a
conexão com o igual.
3. A influência dos likes na autoestima dos
usuários das redes sociais.- Comunicação. “Sem a presença do outro, a comunicação degenera em um intercâmbio de informação: as relações são substituídas pelas conexões, e assim só se conecta com o igual; a comunicação digital é somente visual, perdemos todos os sentidos; vivemos uma fase em que a comunicação está debilitada como nunca: a comunicação global e dos likes só tolera os mais iguais; o igual não dói!”.
Temas:
1. O conflito entre a vida real e a vida
virtual.
2. A realidade distorcida no mundo virtual.
Temas:
1. A falta de empatia nas relações
contemporâneas.
2. A degeneração das relações pessoais pelo
egoísmo
3. A incapacidade de perceber o outro na
contemporaneidade.
4. O culto a si mesmo incentivado pela
exposição nas redes sociais.
Temas:
1. A vida estressante no século XXI e suas
consequências.
2. Ócio produtivo: um tempo para a reflexão e a
criatividade.
3. O tempo como elemento consumidor de nossas forças
e energias.
- Tempo. É preciso revolucionar
o uso do tempo, afirma o
filósofo, professor em Berlim. “A aceleração atual diminui a capacidade de
permanecer: precisamos de um tempo próprio que o sistema produtivo não nos
deixa ter; necessitamos de um tempo livre, que significa ficar parado, sem nada
produtivo a fazer, mas que não deve ser confundido com um tempo de recuperação
para continuar trabalhando; o tempo trabalhado é tempo perdido, não é um tempo
para nós”.
Disponível
em https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/07/cultura/1517989873_086219.html. Acesso em 17/06/2019.
Disponível em https://fbb.br/curso-de-filosofia/.
Acesos em 26/08/2019.
Por Suziane Coelho
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