PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM
A partir da leitura dos textos
motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em NORMA PADRÃO da língua
portuguesa sobre o tema “AS NOVAS CONFIGURAÇÕES
DE AMIZADES POR MEIO DAS REDES SOCIAIS NO SÉCULO XXI”, apresentando proposta
de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu
ponto de vista.
TEXTO I
Trecho em destaque: Os 500
amigos do Facebook
Um viciado
do Facebook gabou-se para mim de que havia feito 500 amigos em um dia. Minha
resposta foi que eu vivi por 86 anos, mas não tenho 500 amigos. Eu não consegui
isso. Então, provavelmente, quando ele diz "amigo", e eu digo
"amigo", não queremos dizer a mesma coisa. São coisas diferentes.
Quando eu
era jovem, um nunca tive o conceito de "redes". Eu tinha o conceito
de laços humanos, de comunidades, esse tipo de coisa, mas não redes. Qual é a
diferença entre comunidade e rede? A comunidade precede você. Você nasce numa
comunidade. Por outro lado, temos a rede. O que é uma rede? Ao contrário da
comunidade, a rede é feita e mantida viva por duas atividades diferentes. Uma é
conectar e a outra é desconectar.
E eu acho
que a atratividade do novo tipo de amizade, o tipo de amizade do Facebook, como
eu a chamo, está exatamente aí. Que é tão fácil de desconectar. É fácil
conectar, fazer amigos. Mas o maior atrativo é a facilidade de se desconectar.
Imagine que o que você tem não são amigos online, conexões online,
compartilhamento online, mas conexões off-line, conexões de verdade, face a
face, corpo a corpo, olho no olho.
Então,
romper relações é sempre um evento muito traumático. Você tem que encontrar
desculpas, você tem que explicar, você tem que mentir com frequência e, mesmo
assim, você não se sente seguro porque seu parceiro diz que você não tem
direitos, que você é um porco, etc. É difícil, mas na internet é tão fácil,
você só pressiona delete e pronto.
Em vez de
500 amigos, você terá 499, mas isso será apenas temporário, porque amanhã você
terá outros 500... E isso mina os laços humanos. (...)
Zygmunt Bauman
Disponível em http://textosparareflexao.blogspot.com/2012/11/uma-visita-zygmunt-bauman.html.
Acesso em 17/04/2018.
TEXTO II
Disponível
em http://www.substantivoplural.com.br/redes-sociais-ilusao-dos-milhares-de-amigos/. Acesso em
06/05/2018.
TEXTO III
Os brothers de carne e osso
Se para Aristóteles era impossível ter
mais do que cinco amigos íntimos ao mesmo tempo, não se pode dizer o mesmo em
tempos de Facebook. O pesquisador Robin Dunbar, da Universidade de Oxford, na
Inglaterra, garante que o número máximo de amigos que uma pessoa pode ter é
150. E a explicação faz sentido. Para ser amigo mesmo, é preciso guardar várias
informações sobre a vida do outro, além de situações compartilhadas, e o
cérebro humano não é capaz de armazenar tantos dados assim.
O consultor empresarial Pietro Politi,
26 anos, tem 2.250 amigos no Facebook. E ele garante: conhece todos. “Eu não
adiciono quem não conheço. Tenho que ter conversado com a pessoa pelo menos uma
vez, inclusive nego alguns pedidos de gente que já encontrei várias vezes, mas
nunca conheci de verdade”, conta. Pietro fez um intercâmbio no Canadá e, lá,
aumentou muito sua rede — por não conseguir conversar por telefone com os
amigos estrangeiros, o jeito encontrado pela turma foi se adicionar no Facebook
para manter contato ou, pelo menos, contar notícias de cada um em seus
respectivos países. (...)
Quem olha o Facebook de Pietro não
identifica quem são esses amigos íntimos — e a maioria das pessoas que se
rendeu à rede social pode dizer o mesmo. Aqueles que estão presentes na alegria
e na tristeza não costumam trocar mensagens públicas. O contato é mais íntimo.
“Meus amigos estão no mesmo patamar de importância que a minha família, prefiro
telefonar ou mandar mensagem pelo WhatsApp”, explica.
Disponível em https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/2014/07/15/noticias-saude,192050/estudos-confirmam-amizades-virtuais-nao-substituem-as-da-vida-real.shtml. Acesso em
06/05/2018.
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