sexta-feira, 26 de maio de 2017

GÊNERO TEXTUAL: ARTIGO DE OPINIÃO (EXEMPLO)

GÊNERO TEXTUAL: ARTIGO DE OPINIÃO

A corrupção enraizada

Disponível em http://www.planetaeducacao.com.br/portal/impressao.asp?artigo=391. Acesso em 27/05/2017, às 00:26.

Uma chaga cancerosa está dizimando as riquezas do país e a qualidade de vida do povo brasileiro. A corrupção que invade nossas casas, que está em nosso trabalho, e que adentra sorrateiramente nos postos de saúde, nas escolas, nas repartições, nas delegacias, nos juizados, nas ruas, corrói a moral, a ética, o caráter das pessoas, impossibilitando um maior e melhor desenvolvimento econômico e a verdadeira justiça social.

É aterrorizante ver que a corrupção está presente em nosso cotidiano como uma doença contagiosa, que se espalha de modo rápido e assustador, destruindo a dignidade humana e provocando um sofrimento imensurável naqueles que se tornam suas vítimas. Quem pratica a corrupção desconhece qualquer resquício de respeito, remorso, consideração ou até mesmo piedade para com próximo, pensa exclusivamente em suas ambições, em seus interesses e em seu egoísmo. A ganância cega as pessoas de tal forma, que elas ficam desprovidas de consciência crítica e social,tornando-se capazes de desviar recursos financeiros que deveriam melhorar a educação, a saúde, a segurança, a moradia, com coragem de roubar até leite de crianças desnutridas, medicamentos de doentes graves e muito mais.

Todos os dias somos atingidos por notícias-bomba de casos de corrupção, que envolvem todas as esferas do poder público, o setor privado e a própria população, que, através de pequenas atitudes corruptas, corrompe-se e corrompe outras pessoas, de modo vergonhoso e repugnante. Essa atitude desprezível está presente no nosso cotidiano, em ações que, por terem se tornado tão rotineiras, parecem normais, como colocar um amigo, que chegou depois, na sua frente em uma fila, pagar propina ao policial para não receber uma multa, pagar mais caro para seu sapato ser consertado primeiro. Enfim, são comportamentos ilícitos que se disseminam pela sociedade e que exaltam a vantagem a qualquer custo, a “esperteza” e a enganação, como se fossem boas qualidades e aqueles que se negam a praticá-los, ainda são considerados errados, bobos, ingênuos e, porque não dizer, burros.

Como podemos lutar contra a corrupção no Brasil, se nós mesmos a praticamos diariamente? Um pai não pode exigir de um filho que não fume, se ele próprio fuma e, pior, desde cedo pedia para que a criança lhe acendesse um cigarro. Não podemos cobrar atitudes, exigir investigações e clamar por punições, se não fazemos a nossa parte. Primeiramente, devemos conscientizar-nos, mudar verdadeiramente o nosso comportamento no dia a dia, primando sempre pela justiça e pela igualdade de condições para todos, independente de ser rico ou pobre. Depois, é imprescindível pensarmos, com sensibilidade, no outro e colocarmo-nos em seu lugar, pois, compreendendo o sofrimento das pessoas, podemos lutar com mais força por aquilo que é justo. Por último, depois de todo um processo de reflexão e conscientização, é que poderíamos cobrar das autoridades e dos governantes atitudes concretas e honestas contra a corrupção, através de investigações sérias e punições severas. Um povo instruído e educado não permite ser enganado e, muito menos, que suas riquezas sejam roubadas descaradamente, prejudicando o presente e impossibilitando um futuro.


Suziane Brasil Coelho
Professora de Língua Portuguesa

sexta-feira, 19 de maio de 2017

PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM (29)



PROPOSTA DE REDAÇÃO – PREPARAÇÃO PARA O ENEM

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em NORMA PADRÃO da língua portuguesa sobre o tema "CORRUPÇÃO NO BRASIL: UM PROBLEMA ENRAIZADO E CULTURAL OU UM DESVIO INDIVIDUAL DE CARÁTER?", apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.

TEXTO I:
Jornal O povo - 23/03/2014
DE GRÃO EM GRÃO
Furar fila, colar na prova e sentar em assentos reservados são alguns atos que tornam o país mais corrupto, afirmam especialistas

Aprender é mudar posturas. Essa foi uma lição dos gregos, especificamente de Platão. Mas, no País do “jeitinho”, levante a mão quem nunca furou fila? Ou colou na prova? Pois estas são algumas das dez posturas que entram na campanha intitulada “Pequenas Corrupções - Diga Não”, lançada pela Controladoria-Geral da União (CGU) na rede social Facebook. O Órgão do Governo Federal, que é responsável por fiscalizar o patrimônio público, veiculou uma imagem com dez mensagens, que focam em atitudes antiéticas, ou ilegais, do cotidiano da sociedade brasileira.
 Entre as atitudes citadas pela CGU, estão as ações de falsificar carteirinha de estudante, roubar TV a cabo, comprar produtos piratas e tentar subornar o guarda de trânsito para evitar multas. “Cada qual faz a corrupção que pode fazer: deixar de pagar o imposto de renda, não respeitar os direitos trabalhistas da empregada doméstica, estacionar em lugar proibido, passar no sinal vermelho... Tudo isso é uma forma de tirar vantagem da situação”, analisa o professor de Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC), André Haguete.
Entendendo corrupção como “tudo aquilo que vai contra a lei ou age a favor de interesses particulares em detrimento dos coletivos”, Haguete concorda que todas essas atitudes possam ser consideradas “corruptas”, mesmo que seja em pequena escala. Para o docente, o tema se relaciona com o “caráter de cada pessoa e uma ética cívica coletiva”.
Para a chefe da Assessoria de Comunicação Social da CGU, Thaisis Barboza, responsável pela concepção e criação da campanha, corrupção representa qualquer ato que gera algum benefício próprio, de forma indevida. “Furar fila não é o mesmo que desviar dinheiro público, mas entendemos que é uma forma de corrupção, mesmo que seja em um grau menor”, explica. (...)


TEXTO II


Disponível em http://www.r2cpress.com.br/v1/2011/10/30/charges-sobre-a-corrupcao/. Acesso em 19/05/2017, às 23:44.


TEXTO III:
Jornal O Povo - HISTÓRIA E POLÍTICA 22/03/2015

A CORRUPÇÃO NO BRASIL ANTES DA REPÚBLICA
O Brasil ainda nem existia como país e já proliferavam o enriquecimento ilícito, o assalto ao patrimônio público e os favorecimentos indevidos

Conforme a presidente Dilma Rousseff (PT) disse na última semana, a corrupção no Brasil é mesmo uma senhora idosa. Ainda que essa que hoje ocorre na Petrobras seja “uma mocinha”, conforme retrucou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Longe de isso eximir ou atenuar a culpa dos atuais corruptos, os casos de assalto ao patrimônio público estão documentados desde antes da República. Aliás, antes mesmo de o Brasil existir como País independente.
Desde os primórdios da exploração econômica na colônia, há registros de desvios e proveitos ilícitos envolvendo funcionários da Coroa portuguesa. A corrupção envolvia favorecimento ao contrabando, mediante propinas, fraudes nas primeiras eleições, suborno, sonegação, favorecimento a aliados políticos.
Eram extraídos proveitos ilícitos desde as obras e serviços públicos até o tráfico de escravos, passando pela relação com a imprensa que nascia. O grande filão dos primeiros corruptos era a exploração do ouro. Mas até a hoje padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, foi alvo da ação fraudulenta.
Os casos mais escandalosos caiam na boca do povo e chegavam a virar chacota em versos populares. O hábito de transformar a roubalheira pública em piada também vem de longe.


TEXTO IV:

Leandro Karnal faz a melhor síntese do ano sobre 'o que é a corrupção'

“Eu gostaria de dizer, porque o público adoraria, Lázaro, que nós somos todos, profundamente honestos. Somos aquilo que os advogados chamam de ‘probos’ — pessoas experimentadas na ética; ao mesmo tempo em que somos governados por ladrões. Essa é uma frase de Carlos Lacerda, durante a crise de 1954: ‘Somos uma nação de trabalhadores honestos governados por ladrões’.
Isso é bom de dizer porque o público adora esse tipo de coisa. Ou seja, nós estamos isentos, o problema está com o mundo lá em cima. Eu insisto, e tenho dito sistematicamente, não existe governo corrupto numa nação ética; e não existe nação corrupta com governo transparente e democrático. Quer dizer, sempre entre governo e nação há um jogo.
Então em nações onde o trânsito funciona como na Suécia, em nações onde pagam os impostos mais corretamente… em geral, nestas nações, o governo é mais transparente.
A corrupção, portanto, é um mal social. Um mal coletivo, e não apenas do governo.
Eu seria muito feliz se todos os problemas [no Brasil] estivessem concentrados em apenas um partido político. Pois bem, este partido não está mais no poder neste momento, e as denúncias de corrupção continuam. Então vamos afastar o outro partido? Você acha que isso nos conduziria ao paraíso? Ou que antes da existência desse partido, dessas pessoas, aqui era terra de gente experimentada na honestidade?
Eu vejo corrupção no trânsito, eu vejo corrupção no dia a dia, e como professor faz 33 anos que eu recebo atestado médico falso de aluno que perdeu prova. Então, é o governo que está em jogo, ou é um comportamento social do qual o governo também faz parte?”


sábado, 13 de maio de 2017

ATIVIDADE DE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO - GÊNERO TEXTUAL: CHARGE II

ATIVIDADE DE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO - GÊNERO TEXTUAL: CHARGE II






01. Ao analisar a charge acima, podemos depreender uma crítica, principalmente, com relação
A) ao aumento avassalador dos assaltos à mão armada em todo país.
B) à corrupção que empobrece e envergonha o povo brasileiro.
C) à alta carga de impostos a que o povo brasileiro é submetido.
D) à alta taxa de inflação que encareceu os preços de roupas e outras mercadorias.
E) ao descaso do poder público com as reais necessidades do povo brasileiro.

02. Ao ler “Que nada! Vai preparando os olhos da cara”, no 3º quadrinho, subentende-se que
A) o povo pagará caro pelas atitudes.
B) a situação do povo mudará p melhor.
C) os impostos do governo aumentarão.
D) a opressão contra o povo aumentará.
E) a inflação dos produtos está exorbitante.

03. A expressão “arrancou a nossa pele”, no 2º quadrinho, está relacionada
A) à sansão a alguns direitos adquiridos pelos cidadãos.
B) à censura que limita a liberdade de expressão.
C) ao desemprego e às desigualdades sociais.
D) às exigências trabalhistas do governo e dos patrões.
E) à exploração tributária sofrida pelo povo.

04. Em “Desta vez chegamos ao limite! O Governo arrancou a nossa pele.”, encontramos a presença de dois pronomes cuja classificação é
A) um possessivo e um demonstrativo, respectivamente.
B) um pronome demonstrativo e um pessoal do caso oblíquo.
C) um pronome pessoal do caso reto e  um possessivo.
D) um demonstrativo e um possessivo, respectivamente.
E) dois pronomes demonstrativos.

05. No gênero textual Notícia, é muito comum o uso de um determinado tempo verbal que tem por objetivo transmitir a ideia de fato atual, recém acontecido. Em “Arrecadação de impostos bate recorde: 333,577 bi!!”, o verbo grifado está conjugado no tempo
A) Futuro do presente do modo indicativo.
B) Presente do modo indicativo.
C) Afirmativo do modo imperativo.
D) Presente do modo subjuntivo.
E) Pretérito Perfeito do modo indicativo.



Disponível em http://www.r2cpress.com.br/v1/2011/10/30/charges-sobre-a-corrupcao/. Acesso 13/05/2017, às 10:53.

06. Ao analisar a última frase da charge, pode-se dizer que a principal crítica é que
A) no Brasil, não há corrupção.
B) nossos políticos são muito honestos.
C) no Brasil, existem muitas pessoas corruptos.
D) a corrupção é uma doença banida do país.
E) a população mente nas pesquisas.

07. A conjunção “MAS” presente na fala do entrevistado tem função de
A) ligar orações estabelecendo entre elas ideia de contrariedade.
B) ligar orações estabelecendo entre elas ideia de adição.
C) ligar orações estabelecendo entre elas ideia de alternância.
D) ligar orações estabelecendo entre elas ideia de explicação.
E) ligar orações estabelecendo entre elas ideia de conclusão.



Disponível em http://jananias.blogspot.com.br/2009/10/charges-interessantes.html. Acesso em 13/05/2017, às 10:56.

08. A charge critica a política executada pelos planos de saúde, pois
A) cobram mais caro dos jovens e mais barato dos idosos, porque estes precisam mais.
B) cobram muito caro da população e não prestam um serviço de qualidade.
C) privilegiam os jovens, já que eles usam muito os planos de saúde.
D) os planos de saúde agem de forma humana e tratam todos os pacientes com igualdade.
E) privilegiam os jovens, que usam pouco, e discrimina os velhos, que usam mais os planos de saúde.

09. A imagem do esqueleto com a foice nas mãos representa na charge
A) o interesse dos planos de saúde em cuidar bem das pessoas idosas.
B) o descaso e o desinteresse com que os planos de saúde tratam seus clientes idosos.
C) a realidade cruel do sistema público de saúde e a má assistência aos idosos.
D) a baixa expectativa de vida do povo brasileiro.
E) os idosos são o público mais propenso a apresentarem doenças.

10. A imagem da atendente do público jovem nos faz inferir que
A) os planos de saúde oferecem o mesmo tipo de atendimento para jovens e idosos.
B) os planos de saúde valorizam e incentivam o trabalho da mulher.
C) os planos de saúde têm mais interesse em conquistar clientes jovens.
D) os planos de saúde desvalorizam os clientes jovens porque teriam menos recursos financeiros.
E) a mulher é desvalorizada e é representada sob uma concepção machista.







Gabarito: 01. C / 02. C / 03. E / 04. D / 5. B / 06. C / 07. A / 08. E / 09. B / 10. C



domingo, 7 de maio de 2017

PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM (28)

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em NORMA PADRÃO da língua portuguesa sobre o tema “O COMBATE À FOME PARA A PRESERVAÇÃO DA VIDA E DA DIGNIDADE HUMANA” apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.

TEXTO I
RISCO DE FOME AFETA 108 MILHÕES DE PESSOAS

Roma. O número de pessoas sofrendo de insegurança alimentar severa está aumentando no mundo: já são cerca de 108 milhões nesta condição, contra 80 milhões em 2015. Os dados foram divulgados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Segundo a FAO, o problema é causado pela dificuldade que determinadas regiões estão tendo para produzir ou ter acesso aos alimentos. As causas principais são impactos de conflitos e guerras civis, alta nos preços e eventos extremos do clima, como secas prolongadas ou excesso de chuvas. De Roma, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, disse que é possível garantir que a população tenha o suficiente para comer todos os dias.
"Isso pode ser evitado. Não podemos evitar uma seca, mas podemos evitar que uma seca se transforme em fome. O Nordeste brasileiro é um bom exemplo disso. Nós sofremos com três anos seguidos de seca e não houve fome, graças às políticas preventivas adotadas pelos governos. O mais assustador hoje é que o que explica grande parte dessas situações de insegurança alimentar aguda são conflitos e desastres naturais", afirmou.

Confrontos
Segundo Graziano, quatro países correm hoje risco de declarar situação de fome: Sudão do Sul, Somália, Iêmen e Nigéria. Neste último, a crise alimentar concentra-se na região norte. Ele destacou que há outras nações com insegurança alimentar severa devido a guerras e conflitos.
"Quando se juntam conflito e desastres naturais, a situação se torna explosiva. É o caso da Somália e de algumas regiões da Etiópia, da República Centro-Africana e, sobretudo, do Iêmen e da Síria. Nesses lugares, a paz é uma pré-condição para se enfrentar a questão da fome. Sem paz não há segurança alimentar, da mesma maneira que, sem segurança alimentar, não há paz duradoura", afirmou.
De acordo com o diretor-geral da FAO, os 108 milhões de pessoas que sofrem de insegurança alimentar severa apresentam índice de desnutrição acima do normal e pouco acesso à comida, mesmo com ajuda externa.




TEXTO II





TEXTO III
Cidadania e Justiça
Por Portal Brasil 

FOME CAI 82% NO BRASIL, DESTACA RELATÓRIO DA ONU
Ações de transferência de renda e de segurança alimentar são citadas como exemplo de que a proteção social gera um círculo virtuoso de crescimento inclusivo.

A redução mais significativa da fome no Brasil aconteceu em 2012, aponta relatório das Nações Unidas divulgado nesta quarta-feira (27). Nesse ano, o País alcançou duas metas da entidade internacional: cortar pela metade o número de pessoas passando fome e reduzir esse número para menos de 5% da população.
O relatório "O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2015", divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), nesta quarta-feira (27), destaca os avanços brasileiros na redução do número de pessoas em situação de fome conquistado nos últimos anos. O Brasil é o país, entre os mais populosos, que teve a maior queda de subalimentados entre 2002 e 2014, 82,1%. No mesmo período, a América Latina reduziu em 43,1% esta quantidade.
Entre os mais populosos, o País também é aquele que apresenta a menor quantidade de pessoas subalimentadas. São 3,4 milhões no Brasil, pouco menos de 10% da quantidade total da América Latina, 34,3 milhões.
“O relatório confirma o esforço e reconhece a trajetória do Brasil na ação de redução da pobreza e do combate à fome”, ressaltou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
“O Brasil, ao contrário de outros países do mundo, sempre foi um grande produtor de alimentos. E, mesmo assim, a população passava fome. O nosso problema não era a disponibilidade de alimentos, era acesso aos alimentos e à renda. Nós conseguimos alcançar isso com políticas públicas de assistência”, explicou.


TEXTO IV

Direito humano à alimentação adequada e soberania alimentar

O direito humano à alimentação adequada está contemplado no artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. Sua definição foi ampliada em outros dispositivos do Direito Internacional, como o artigo 11 do Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e o Comentário Geral nº 12 da ONU. No Brasil, resultante de amplo processo de mobilização social, em 2010 foi aprovada a Emenda Constitucional nº 64, que inclui a alimentação no artigo 6º da Constituição Federal. No entanto, isso não necessariamente significa a garantia da realização desse direito na prática, o que permanece como um desafio a ser enfrentado.
O direito humano à alimentação adequada consiste no acesso físico e econômico de todas as pessoas aos alimentos e aos recursos, como emprego ou terra, para garantir esse acesso de modo contínuo. Esse direito inclui a água e as diversas formas de acesso à água na sua compreensão e realização. Ao afirmar que a alimentação deve ser adequada entende-se que ela seja adequada ao contexto e às condições culturais, sociais, econômicas, climáticas e ecológicas de cada pessoa, etnia, cultura ou grupo social. (...)