PROPOSTA DE REDAÇÃO
ESTILO UECE
Prezado (a) Candidato(a),
Sabe-se que, na sociedade contemporânea,
as discussões que envolvem o meio ambiente e a sua sustentabilidade estão em
destaque. É possível, cada vez mais, sentir os efeitos maléficos das ações
humanas no Planeta, reflexos de uma exacerbada exploração dos recursos naturais,
devido aos excessos do modelo de desenvolvimento econômico vigente e da ausência
de políticas públicas que possam viabilizar um acesso mais sustentável e
consciente aos recursos naturais, como a água, a fauna e a flora, evitando,
assim, a degradação do meio ambiente.
Assim, com
base em suas leituras e experiências de vida, a partir dos textos motivadores
dispostos abaixo, redija um texto sobre o tema Preservação do Meio Ambiente, escolhendo apenas UMA
das propostas abaixo:
Proposta
1: Pensando no descaso
do homem para com a natureza e nos impactos que isso causa, imagine que você é
o editor-chefe de um famoso jornal e elabore um editorial de modo que fique evidente a opinião da empresa
jornalística acerca do assunto. Atente-se para as particularidades desse
gênero, evidenciando em seu texto uma exposição do assunto e argumentação em
defesa de um ponto de vista.
Proposta
2: Como participante de
um grupo de contação de histórias voltado para crianças de comunidades
carentes, produza uma fábula, considerando
as principais características deste gênero textual e usando-as a favor da
preservação do meio ambiente. Apresente os personagens e o habitat em que
vivem, mostrando as dificuldades que eles vêm passando devido às transformações
causadas pela poluição e o desmatamento.
TEXTO
I
A queda da barreira em
Brumadinho foi a gota d’água em um mar de lama
A gente no Por Que Não? andava
desanimado, vendo os primeiros dias do ano trazerem notícias difíceis para quem
acha que o meio
ambiente não é ‘um bom negócio’ mas sim a nossa casa.
Pensa comigo: imaginemos que eu
comprei uma casa linda, bem do jeito que sempre sonhei. (...) Daí chega alguém e diz
que a casa vale X reais e que quer adquirir para isso ou aquilo e eu tenho que
tentar explicar para essa pessoa que eu não vejo a minha casa como valendo X,
ou mil, ou um milhão de reais, mas apenas (“apenas”) como o meu lar.
E
assim é com o Por Que Não? – cada um de
nós votou em um candidato, cada um tem o seu entendimento particular de
política, e o mais importante para cada um é que o coletivo continue falando, e
inspirando, de forma independente na medida do possível.
Acreditamos em um mundo melhor,
mas quando pessoas, bichos e natureza é soterrada por um mar de lama esse
exercício fica mais difícil. Nos últimos tempos fomos, nós também, soterrados
por um mar de notícias complicadas.
Por Luciana Sendyk Lu
TEXTO II
A
fábula do beija flor
Era
uma vez um Beija-Flor que fugia de um incêndio juntamente com todos os animais
da floresta. Só que o Beija-Flor fazia uma coisa diferente: apanhava gotas de
água de um lago e atirava-as para o fogo.
A
águia, intrigada, perguntou:
– Ô bichinho, achas que vais
apagar o incêndio sozinho com estas gotas?
–
Sozinho, sei que não vou - respondeu o Beija-Flor - mas estou a fazer a minha
parte.
Envergonhado, a águia chamou os
outros pássaros e, juntos, todos entraram na luta contra o incêndio.
Vendo
isto, os elefantes venceram seu medo e, enchendo suas trombas com água, também
corriam para ajudar. Os macacos pegaram cascas de nozes para carregar água.
No fim, todos os animais, cada um
de seu jeito, acharam maneiras de colaborar na luta. Pouco a pouco, o fogo
começou a se debilitar quando, de repente, o Ser Celestial da Floresta,
admirando a bravura destes bichinhos e comovido, enviou uma chuva que apagou de
vez o incêndio e refrescou todos os animais, já tão cansados – mas felizes…
Que possamos todos nós ter a
coragem de fazer a nossa parte e a solidariedade de trabalhar juntos – na fé de
estarmos abertos para as bênçãos do Sagrado…
Por Wangari
Maathai
TEXTO III
Tragédia do óleo no Nordeste: uma dor
que vai durar décadas
Por Wilfred Gadêlha*
Era dia 30 de agosto quando manchas negras
surgiram no mar de nove praias da Paraíba, entre elas Tambaba, conhecida por
ser um paraíso dos naturistas, no litoral sul do estado. Desde então, o
Nordeste tem enfrentado uma hecatombe ambiental, social e econômica. O prejuízo
é incalculável. Muito porque o governo federal assumiu, desde o início do
problema, uma postura covarde, transferindo suas responsabilidades para as
esferas estaduais e municipais, mentindo sobre as ações e sobre a origem do
vazamento e, principalmente, deixando de repassar informações importantes para
o combate à crise. Mais uma vez, deixou os nordestinos à própria sorte. Pior:
essa dor será sentida por décadas.
(...) Levando-se em consideração a ausência de
uma reação ligeira e coordenada por parte do governo federal, os próximos anos
reservam um quadro sombrio. Para o pesquisador do Institute For The Future
(IFTF), Jacques Barcia, os próximos dez anos serão marcados por muitos
problemas. “Os efeitos reais de crimes ambientais só são sentidos no longo
prazo. Mesmo que a crise do vazamento seja contida agora, o impacto do óleo na
vida marinha e na saúde das pessoas só deve ser sentido ao longo da próxima
década. Não me espantaria surgir uma doença misteriosa nos próximos anos que,
eventualmente, será associada ao vazamento – como foi no caso da zika e os
casos de microcefalia. Sem falar nos impactos para o turismo e piscicultura”,
alerta Barcia.
TEXTO IV
Preservação do meio ambiente
Hoje é
o Dia Mundial do Meio Ambiente, mas, como se diz popularmente, ele não tem
muito a comemorar. As agressões à natureza não cessam, o que prejudicará o
padrão de vida das gerações futuras. Entre os piores ataques estão os
desmatamentos e queimadas de florestas e matas. Os cientistas já provaram que,
sobretudo nas regiões tropicais, como o Brasil, a retirada da cobertura vegetal
provoca alterações no regime de chuvas, tornando o clima mais seco e quente.
(...)
Por
incrível que pareça, há apenas um especialista ambiental para realizar perícias
em 70 unidades de preservação florestal. Estão a seu cargo a realização de
perícia, em caso de agressão, em parques, estações ecológicas, reservas da vida
silvestre, reservas de desenvolvimento sustentável e reservas biológicas, além
de cursos d’água e barragens. (...)
Apesar
dessa situação, o trabalho não está parado. O número de inquéritos contra
crimes ambientais tem crescido a cada ano. Sem a fiscalização não será possível
conter o avanço da desertificação. (...)
Por Professora Suziane Brasil