PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM
A partir da
leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “OS PERIGOS DAS FAKE
NEWS NA ERA DA INFORMAÇÃO”, apresentando proposta de intervenção
que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Fake News são notícias falsas, mas
que aparentam ser verdadeiras.
Não é uma
piada, uma obra de ficção ou uma peça lúdica, mas sim uma mentira revestida de
artifícios que lhe conferem aparência de verdade.
Fake news não é
uma novidade na sociedade, mas a escala em que pode ser produzida e
difundida é que a eleva em nova categoria, poluindo e colocando em xeque todas
as demais notícias, afinal, como descobrir a falsidade de uma notícia?
No geral
não é tão fácil descobrir uma notícia falsa, pois há a criação de um novo
“mercado” com as empresas que produzem e disseminam Fake News constituindo
verdadeiras indústrias que “caçam” cliques a qualquer custo, se utilizando de
todos os recursos disponíveis para envolver inúmeras pessoas que sequer sabem
que estão sendo utilizadas como peça chave dessa difusão.
Infelizmente
é muito comum o uso das primeiras vítimas como uma espécie de elo para compor
uma corrente difusora das Fake News. Assim, aquelas pessoas que de
boa-fé acreditaram estar em contato com uma verdadeira notícia, passam – ainda
que sem perceber – a colaborar com a disseminação e difusão dessas notícias
falsas.
Mas não é
impossível detectá-las e combatê-las, há técnicas e cuidados que colaboram para
mudar este cenário, sendo a educação digital uma ferramenta para fortalecer
ainda mais a liberdade de expressão e o uso democrático da internet.
Disponível em:
http://portal.mackenzie.br/fakenews/noticias/arquivo/artigo/o-que-e-fake-news/
Acesso em 26 outubro 2017
TEXTO II
Disponível em:
http://academiadojornalista.com.br/como-identificar-fake-news/ Acesso em 26
outubro 2017
TEXTO III
“Fake news’ tornam o jornalismo de qualidade mais
necessário do que nunca”, diz diretor do EL PAÍS
As
operações de intoxicação informativa por meio das redes sociais, conhecidas
como fake news, são uma ameaça “não só para a imprensa livre,
mas para a própria democracia”. Diante da epidemia que se espalhou por todo o
mundo, o diretor do EL PAÍS, Antonio Caño, defende “como mais necessário e
exigido do que nunca” o jornalismo “de qualidade, honesto, rigoroso e
respeitoso das regras profissionais”. Segundo Caño, embora a proliferação de
boatos na Internet tenha trazido “o caos para o mundo das notícias”, ao mesmo
tempo “revalorizou o papel da imprensa” como referência confiável para se
informar e “fiscalizar os abusos do poder”.
Com uma palestra sobre o fenômeno
das fake news, o jornalista
espanhol abriu na quarta-feira o segundo dia do Encontro
Folha de Jornalismo,
promovido pela Folha de S.Paulo,
o maior jornal brasileiro, que nestes dias comemora seu 97º aniversário. O
diretor do EL PAÍS lembrou que esse novo tipo de manipulação de informações
“expressamente preparado para confundir os cidadãos” já desempenhou, em graus
variados, um papel importante nas recentes eleições dos EUA e da França,
no referendo sobre o Brexit no Reino Unido e até mesmo no conflito catalão
na Espanha. Caño advertiu que, no ritmo atual, estima-se que dentro de dois
anos 50% das notícias que circularem nas redes sociais serão falsas. E
ressaltou a magnitude do problema citando algumas palavras do historiador
norte-americano Timothy Snyder: “Quando nada é verdade, tudo é espetáculo. A
pós-verdade é o fascismo”. Na sequência dessa reflexão, Caño,
que lembrou que uma imprensa livre e independente é indispensável para a
sobrevivência da democracia, enfatizou: “Se deixarmos que forças obscuras
imponham suas mentiras aos cidadãos indefesos, abriremos um caminho seguro para
o autoritarismo”.
Em sua conferência, Caño explicou que
as informações falsas muitas vezes são capazes de abrir caminho porque uma
parte do público “quer acreditar nelas, as consome mesmo que suspeite delas,
pois quer ver sua ideologia e seus preconceitos confirmados”. Mas, ao mesmo
tempo, outra parte dos cidadãos teve “uma sensação de falta de proteção” e isso
“os empurrou para buscar novamente o jornalismo de qualidade”, afirmou. O
diretor do jornal acredita que o melhor antídoto para essa nova praga de
manipulação da informação está nos meios de comunicação e não na criação de
organismos reguladores vinculados aos governos com poder de decidir o que é
verdadeiro. “Nesse caso, corremos o risco de, para combater um mal, criarmos
outro pior, a censura”, advertiu.
Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/20/actualidad/1519128638_053924.html.
Acesso em 23/02/2018.
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