PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO
ENEM
A
partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO
em NORMA PADRÃO da língua portuguesa sobre o tema “A RELAÇÃO ENTRE A INTERVENÇÃO FEDERAL NA SEGURANÇA E A REDUÇÃO DOS
CRIMES", apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos
e fatos para defesa do seu ponto de vista.
TEXTO I
O que é intervenção federal?
Realizada pela União Federal, em nome da Federação, nos Estados e no Distrito Federal, nas hipóteses taxativamente previstas no artigo 34 da constituição, quais sejam:
- Manter a Integridade Nacional
- Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da federação em outra
- pôr termo a grave comprometimento da ordem pública
- garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação
- reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
- prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
- assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
- forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
- direitos da pessoa humana;
- autonomia municipal;
- prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
- aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
O
Presidente da República pode agir de ofício
(Intervenção espontânea) para preservar a integridade nacional, repelir invasão
estrangeira, pôr termo a grave comprometimento da ordem pública ou reorganizar
as finanças das demais unidades da federação.
Disponível em
https://pt.wikipedia.org/wiki/Interven%C3%A7%C3%A3o_federal.
Acesso em 27/02/2018.
TEXTO II
Entenda como o tráfico se tornou um crime organizado no Rio
Cidade
virou ponto de partida da cocaína rumo à Europa na década de 70.
Na mesma época, surgiram as facções criminosas dentro dos presídios.
O tráfico se tornou um crime
organizado no Rio de Janeiro a partir do final da década de 1970. O antropólogo
Paulo Storani, que foi oficial do Batalhão de Operações Especiais da Polícia
Militar, diz que a cidade virou um ponto na rota de distribuição da cocaína que
saía dos países andinos, em direção à Europa. À medida que a produção crescia
nestes países, aumentava a oferta da droga dentro da cidade, e o preço diminuía
para o usuário.
Nessa mesma época, surgiram as facções
criminosas, dentro de presídios. Um grupo de presos comuns se uniu aos presos
políticos para combater o bando que dominava as cadeias e que chegava a cobrar
pedágio pela segurança dos detentos.
Os assaltantes comuns aprenderam as
técnicas de organização e guerrilha dos militantes políticos. Segundo a
antropóloga Alba Zaluar, logo os criminosos descobriram um novo negócio. “Eles
ficaram sabendo que assalto não estava dando tanto dinheiro, o que estava dando
muito dinheiro era o tráfico. E passaram então a traficar. O tráfico se
expandiu com muita rapidez no início da década de 80”, disse.
O ex-oficial do Bope explica que as
primeiras favelas dominadas em larga escala pelo tráfico foram a Mangueira, o
Jacaré e o Morro do Alemão. Nos anos 1990, três facções disputavam os pontos de
vendas de droga. As guerras entre elas fizeram os traficantes se armar cada vez
mais.
“Eles armavam pequenos exércitos e
invadiam a área ocupada pela facção rival, na tentativa de ampliar o seu
mercado. A facção rival fez a mesma coisa, comprou armas tão poderosas, começou
a se estruturar, e aí começaram a verificar a guerra do controle na droga do
Rio de Janeiro”, explicou.
Ele acredita que isso aconteceu por
negligência das autoridades públicas ao longo de muitos anos: “Por que
conseguiram comprar armas? Diante das fronteiras continentais, uma incapacidade
da União, dos estados que fazem fronteiras com países que fornecem drogas. Essa
incapacidade de fiscalizar suas fronteiras, fez com que as armas chegassem em
qualquer lugar do país”, afirmou. (...)
Disponível
em http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/rio-contra-o-crime/noticia/2010/11/entenda-como-o-trafico-se-tornou-um-crime-organizado-no-rio.html.
Aceso em 27/02/2018.
TEXTO III
Disponível
em https://www.portalodia.com/blogs/jotaa/charge-quem-vai-interceder-pelo-carioca-agora-e-um-general-do-exercito-313895.html.
Acesso em 27/02/2018.
TEXTO IV
Editorial. Intervenção
federal: riscos de simplificação
(...) A
parte visível do tráfico traduz-se nas facções que se apoderam de territórios habitados
pela população mais pobre e socialmente vulnerável, submetendo-as ao seu
domínio, seja pelo terror, seja pela prestação de pequenos favores à
comunidade, substituindo a ausência do Estado. Aí se fixam as facções e os
contingentes recrutados por elas entre a juventude desprovida de qualquer
perspectiva do futuro. Há quem suponha que os verdadeiros donos do tráfico são
invisíveis: residem supostamente em ambientes luxuosos e transitam muito bem
nos círculos do poder político e dos negócios, em âmbito nacional e
internacional. Uma visão simplista pretende isolar o fenômeno do contexto
social, econômico, cultural e político que o enseja. E, assim, enfrentá-lo
apenas com a repressão àquela parte mais visível, não levando em conta que os
criminosos estão imbricados na população trabalhadora residente, como acontece,
nos morros do Rio de Janeiro, ou nos bairros periféricos de outras cidades e
não se deve colocar essa população inocente na linha de fogo.
Ademais,
é preciso que as ações repressivas, além de cingidas à legalidade, sejam
acompanhadas de políticas públicas que incorporem essas populações ao tecido
social da Nação, dando-lhes acesso à saúde, educação, lazer, moradia, emprego e
renda e segurança pública. (...)
Disponível em https://www.opovo.com.br/jornal/opiniao/2018/02/editorial-intervencao-federal-riscos-de-simplificacao.html. Acesso em
21/02/2018.
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