terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM (37) - REDUÇÃO DE CRIMES



PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em NORMA PADRÃO da língua portuguesa sobre o tema “A RELAÇÃO ENTRE A INTERVENÇÃO FEDERAL NA SEGURANÇA E A REDUÇÃO DOS CRIMES", apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.

TEXTO I
O que é intervenção federal?
Realizada pela União Federal, em nome da Federação, nos Estados e no Distrito Federal, nas hipóteses taxativamente previstas no artigo 34 da constituição, quais sejam:
  • Manter a Integridade Nacional
  • Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da federação em outra
  • pôr termo a grave comprometimento da ordem pública
  • garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação
  • reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
  • prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
  • assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
    • forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
    • direitos da pessoa humana;
    • autonomia municipal;
    • prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
    • aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
O Presidente da República pode agir de ofício (Intervenção espontânea) para preservar a integridade nacional, repelir invasão estrangeira, pôr termo a grave comprometimento da ordem pública ou reorganizar as finanças das demais unidades da federação.
Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Interven%C3%A7%C3%A3o_federal. Acesso em 27/02/2018.

TEXTO II

Entenda como o tráfico se tornou um crime organizado no Rio

Cidade virou ponto de partida da cocaína rumo à Europa na década de 70.
Na mesma época, surgiram as facções criminosas dentro dos presídios.

O tráfico se tornou um crime organizado no Rio de Janeiro a partir do final da década de 1970. O antropólogo Paulo Storani, que foi oficial do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, diz que a cidade virou um ponto na rota de distribuição da cocaína que saía dos países andinos, em direção à Europa. À medida que a produção crescia nestes países, aumentava a oferta da droga dentro da cidade, e o preço diminuía para o usuário.
Nessa mesma época, surgiram as facções criminosas, dentro de presídios. Um grupo de presos comuns se uniu aos presos políticos para combater o bando que dominava as cadeias e que chegava a cobrar pedágio pela segurança dos detentos.
Os assaltantes comuns aprenderam as técnicas de organização e guerrilha dos militantes políticos. Segundo a antropóloga Alba Zaluar, logo os criminosos descobriram um novo negócio. “Eles ficaram sabendo que assalto não estava dando tanto dinheiro, o que estava dando muito dinheiro era o tráfico. E passaram então a traficar. O tráfico se expandiu com muita rapidez no início da década de 80”, disse.
O ex-oficial do Bope explica que as primeiras favelas dominadas em larga escala pelo tráfico foram a Mangueira, o Jacaré e o Morro do Alemão. Nos anos 1990, três facções disputavam os pontos de vendas de droga. As guerras entre elas fizeram os traficantes se armar cada vez mais.
“Eles armavam pequenos exércitos e invadiam a área ocupada pela facção rival, na tentativa de ampliar o seu mercado. A facção rival fez a mesma coisa, comprou armas tão poderosas, começou a se estruturar, e aí começaram a verificar a guerra do controle na droga do Rio de Janeiro”, explicou.
Ele acredita que isso aconteceu por negligência das autoridades públicas ao longo de muitos anos: “Por que conseguiram comprar armas? Diante das fronteiras continentais, uma incapacidade da União, dos estados que fazem fronteiras com países que fornecem drogas. Essa incapacidade de fiscalizar suas fronteiras, fez com que as armas chegassem em qualquer lugar do país”, afirmou. (...)

TEXTO III







TEXTO IV
Editorial. Intervenção federal: riscos de simplificação

(...) A parte visível do tráfico traduz-se nas facções que se apoderam de territórios habitados pela população mais pobre e socialmente vulnerável, submetendo-as ao seu domínio, seja pelo terror, seja pela prestação de pequenos favores à comunidade, substituindo a ausência do Estado. Aí se fixam as facções e os contingentes recrutados por elas entre a juventude desprovida de qualquer perspectiva do futuro. Há quem suponha que os verdadeiros donos do tráfico são invisíveis: residem supostamente em ambientes luxuosos e transitam muito bem nos círculos do poder político e dos negócios, em âmbito nacional e internacional. Uma visão simplista pretende isolar o fenômeno do contexto social, econômico, cultural e político que o enseja. E, assim, enfrentá-lo apenas com a repressão àquela parte mais visível, não levando em conta que os criminosos estão imbricados na população trabalhadora residente, como acontece, nos morros do Rio de Janeiro, ou nos bairros periféricos de outras cidades e não se deve colocar essa população inocente na linha de fogo.  
            Ademais, é preciso que as ações repressivas, além de cingidas à legalidade,  sejam acompanhadas de políticas públicas que incorporem essas populações ao tecido social da Nação, dando-lhes acesso à saúde, educação, lazer, moradia, emprego e renda e segurança pública. (...)

 

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