sábado, 24 de março de 2018

DICAS DE REDAÇÃO (1) - ESQUEMA DE TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO


ESQUEMA DO TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO

Para começar a escrever um texto dissertativo-argumentativo, é muito importante fazer, primeiramente, uma análise do tema e depois elaborar um esquema da redação com as principais ideias que você irá desenvolver. Após a estruturação desse esquema, a escrita do texto será muito mais fácil e você correrá menos risco de fugir ao tema e de se perder nas ideias ao longo da redação. 
Segue abaixo um esquema sobre a Proposta de Redação 38 postada recentemente neste blog.

TEMA 
(O PERIGO DAS FAKE NEWS NA ERA DA INFORMAÇÃO)
TESE
(AS FAKE NEWS PASSARAM DE UM SIMPLES BOATO E SE TORNARAM UMA ARMA PARA INFLUENCIAR PENSAMENTOS E COMPORTAMENTOS)

ARGUMENTOS

ARGUMENTO 1: AS FAKE NEWS DIVULGADAS PARA INFLUENCIAR POLITICAMENTE OS USUÁRIOS DA INTERNET.
ARGUMENTO 2: AS FAKES NEWS ACIRRAM DISCURSOS DE ÓDIO, PROVOCANDO INSTABILIDADE SOCIAL. 

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

INTERVENÇÃO 1: O USUÁRIO DEVE VERIFICAR A VERACIDADE DAS NOTÍCIAS, PESQUISANDO EM VÁRIOS SITES E NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO MAIS CONFIÁVEIS.
INTERVENÇÃO 2: OS SITES DE REDES SOCIAIS DEVEM AMPLIAR O SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE FALSAS NOTÍCIAS E, ASSIM, BLOQUEAR ESSE FENÔMENO TÃO PREJUDICIAL. 

Depois desse esquema, fica muito fácil fazer a redação.

PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM (38) - OS PERIGOS DAS FAKE NEWS



PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “OS PERIGOS DAS FAKE NEWS NA ERA DA INFORMAÇÃO”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.


TEXTO I
Fake News são notícias falsas, mas que aparentam ser verdadeiras.

Não é uma piada, uma obra de ficção ou uma peça lúdica, mas sim uma mentira revestida de artifícios que lhe conferem aparência de verdade.
Fake news não é uma novidade na sociedade, mas a escala em que pode ser produzida e difundida é que a eleva em nova categoria, poluindo e colocando em xeque todas as demais notícias, afinal, como descobrir a falsidade de uma notícia?
No geral não é tão fácil descobrir uma notícia falsa, pois há a criação de um novo “mercado” com as empresas que produzem e disseminam Fake News constituindo verdadeiras indústrias que “caçam” cliques a qualquer custo, se utilizando de todos os recursos disponíveis para envolver inúmeras pessoas que sequer sabem que estão sendo utilizadas como peça chave dessa difusão.
Infelizmente é muito comum o uso das primeiras vítimas como uma espécie de elo para compor uma corrente difusora das Fake News. Assim, aquelas pessoas que de boa-fé acreditaram estar em contato com uma verdadeira notícia, passam – ainda que sem perceber – a colaborar com a disseminação e difusão dessas notícias falsas.
Mas não é impossível detectá-las e combatê-las, há técnicas e cuidados que colaboram para mudar este cenário, sendo a educação digital uma ferramenta para fortalecer ainda mais a liberdade de expressão e o uso democrático da internet.

Disponível em: http://portal.mackenzie.br/fakenews/noticias/arquivo/artigo/o-que-e-fake-news/ Acesso em 26 outubro 2017
TEXTO II
Disponível em: http://academiadojornalista.com.br/como-identificar-fake-news/ Acesso em 26 outubro 2017

TEXTO III

“Fake news’ tornam o jornalismo de qualidade mais necessário do que nunca”, diz diretor do EL PAÍS
As operações de intoxicação informativa por meio das redes sociais, conhecidas como fake news, são uma ameaça “não só para a imprensa livre, mas para a própria democracia”. Diante da epidemia que se espalhou por todo o mundo, o diretor do EL PAÍS, Antonio Caño, defende “como mais necessário e exigido do que nunca” o jornalismo “de qualidade, honesto, rigoroso e respeitoso das regras profissionais”. Segundo Caño, embora a proliferação de boatos na Internet tenha trazido “o caos para o mundo das notícias”, ao mesmo tempo “revalorizou o papel da imprensa” como referência confiável para se informar e “fiscalizar os abusos do poder”.
Com uma palestra sobre o fenômeno das fake news, o jornalista espanhol abriu na quarta-feira o segundo dia do Encontro Folha de Jornalismo, promovido pela Folha de S.Paulo, o maior jornal brasileiro, que nestes dias comemora seu 97º aniversário. O diretor do EL PAÍS lembrou que esse novo tipo de manipulação de informações “expressamente preparado para confundir os cidadãos” já desempenhou, em graus variados, um papel importante nas recentes eleições dos EUA e da França, no referendo sobre o Brexit no Reino Unido e até mesmo no conflito catalão na Espanha. Caño advertiu que, no ritmo atual, estima-se que dentro de dois anos 50% das notícias que circularem nas redes sociais serão falsas. E ressaltou a magnitude do problema citando algumas palavras do historiador norte-americano Timothy Snyder: “Quando nada é verdade, tudo é espetáculo. A pós-verdade é o fascismo”. Na sequência dessa reflexão, Caño, que lembrou que uma imprensa livre e independente é indispensável para a sobrevivência da democracia, enfatizou: “Se deixarmos que forças obscuras imponham suas mentiras aos cidadãos indefesos, abriremos um caminho seguro para o autoritarismo”.
Em sua conferência, Caño explicou que as informações falsas muitas vezes são capazes de abrir caminho porque uma parte do público “quer acreditar nelas, as consome mesmo que suspeite delas, pois quer ver sua ideologia e seus preconceitos confirmados”. Mas, ao mesmo tempo, outra parte dos cidadãos teve “uma sensação de falta de proteção” e isso “os empurrou para buscar novamente o jornalismo de qualidade”, afirmou. O diretor do jornal acredita que o melhor antídoto para essa nova praga de manipulação da informação está nos meios de comunicação e não na criação de organismos reguladores vinculados aos governos com poder de decidir o que é verdadeiro. “Nesse caso, corremos o risco de, para combater um mal, criarmos outro pior, a censura”, advertiu.
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