TRABALHANDO A ARGUMENTAÇÃO
No Jornal O Povo, semanalmente uma coluna denominada "confronto de ideias" é publicada com o objetivo de expor a opinião de diferentes profissionais sobre assuntos relevantes e temas que estão em pauta no momento no brasil. utilizo bastante esse material em minhas aulas para trabalhar com os estudantes os textos de argumentativos, bem como ampliar o conhecimento de mundo e analisar pensamentos opostos sobre uma mesma temática, a fim de que, assim, os alunos possam formar suas próprias opiniões e pensamentos críticos, compreendendo o poder de uma boa argumentação.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
CONFRONTO DE IDEIAS –
Jornal O Povo - Ceará
O
governo Bolsonaro apresentou a proposta de reforma da previdência ao Congresso.
Dentre as mudanças, está a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para
homens. A faixa etária sugerida é a ideal?
Ponto de vista: Não
Por Alice Aragão - Advogada especialista em Direito
Previdenciário
A
respeito da proposta do atual governo de reforma da previdência no tocante a
mudança na idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para que mulheres
possam se aposentar, além do tempo mínimo de contribuição passar para 20 anos,
vejo isso como uma injustiça, pois muitos desses trabalhadores são nordestinos
ou trabalham em zonas rurais.
Aumentar
a vida laboral desses segurados com intuito de obter receita chega a ser
desumano por parte do governo, uma vez que o labor desenvolvido por essas
pessoas difere do realizado Sul e Sudeste do País.
Não há
como igualar o ambiente de trabalho do trabalhador nordestino com o ambiente de
trabalho das demais regiões brasileiras.
Observa-se
que a expectativa de vida de um trabalhador que labuta na roça não comunga com
a expectativa de vida do trabalhador que labora nas zonas urbanas.
Outro
ponto da proposta que merece nossa preocupação é a expectativa de vida desses
segurados, que não se compactua com a dos habitantes dos demais estados do
Brasil, fazendo com que diminua o tempo de recebimento do benefício da
aposentadoria por idade.
Se o
governo pretende com a reforma da previdência obter mais receita, seria mais
conveniente aumentar a fiscalização dos trabalhadores ativos, que acabam não
contribuindo, mesmo que a legislação obrigue.
Acredito
que a melhor forma do governo aumentar sua receita na previdência social seria
através da fiscalização e, consequente, cobrança dos ativos que não estão
contribuindo.
Ponto de vista: SIM –
Por Alcântara Macêdo - Economista
A
reforma da previdência é um desafio compulsório para a sociedade brasileira,
principalmente, para dar sustentação e sobrevida às gerações futuras de
aposentados, que terão maior tempo de vida, exigindo, assim, maior período de
contribuição da geração presente. Este fato é relevante e se torna o marco
central desta reforma em discussão no Congresso Nacional. Além de contribuir,
fortemente, para diminuição do déficit fiscal e proporcionar maior
possibilidade de crescimento do PIB, implicando no aumento do emprego e da
renda, consolidando um avanço no processo de desenvolvimento econômico e social
do País.
É
realmente uma oportunidade que a sociedade atual tem de deixar um legado de
compromisso com o futuro, um exemplo e uma referência, onde se possa, daqui há
anos, colher os resultados, e as novas gerações vivenciarem melhores níveis de
vida. E, assim, a história fará justiça àqueles que construíram este momento.
A
previdência no mundo todo, é dinâmica, continuamente há necessidade de promover
ajustes e vez por outra, uma reforma estrutural para atender variáveis
geopolíticas e sociais, impostas pela evolução natural da sociedade. E, no caso
brasileiro, esta reforma é imperiosa, diante dos enfrentamentos econômicos,
políticos e sociais, vivenciados atualmente pelo conjunto da população.
Portanto,
o sacrifício de se ter o aumento de idade para se retirar do trabalho, aos 62
anos para mulheres e aos 65 anos para os homens, é uma contribuição justa da
geração atual e uma demonstração de responsabilidade com as gerações seguintes
e, sobretudo, o entendimento do momento frágil da conjuntura econômica atual do
Brasil.
Ponto de vista: Não
Por Alice Aragão
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Ponto de vista: SIM
Por Alcântara Macêdo
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1. Qual é a tese defendida?
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1. Qual é a tese defendida?
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2. Que argumentos foram empregados para defender a tese?
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2. Que argumentos foram empregados para defender a tese?
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3. Quais soluções foram propostas?
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3. Quais soluções foram propostas?
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4. Qual defesa do ponto de vista foi mais convincente? Por
quê?
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5. Que argumento chamou mais a sua atenção?
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