PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM – 2020
TEXTO I
Pandemia da Covid-19 aumenta número de pessoas sem-teto no Rio; veja depoimentos
Prefeitura diz que não há pesquisa que aponte aumento deste grupo social,
mas diz que percebeu aumento na população de rua.
Por Bruno Pedroso em 29/06/2020 20h09
A pandemia da Covid-19 fez com que o número de sem-teto no Rio de Janeiro aumentasse nos últimos meses. Sem fonte de renda, diversos trabalhadores tiveram que morar na rua por causa da crise financeira causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2).
O RJ2 mostrou histórias de diferentes pessoas que, após perderem o emprego, tiveram que recomeçar do zero nas ruas da cidade. (Veja os depoimentos no vídeo)
O que diz a prefeitura
A Prefeitura do Rio foi procurada sobre a assistência dessa parte da
população. O governo municipal informou que não tem um Censo que aponte o
crescimento dos moradores de rua.
Além disso, afirmou que não tem condições de fazer uma pesquisa durante a pandemia, mas observou o aumento da população nas ruas. Segundo a prefeitura, quatro centros de acolhimento com 280 vagas foram inaugurados.
Disponível em https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/06/29/pandemia-da-covid-19-aumenta-numero-de-pessoas-sem-teto-no-rio-veja-depoimentos.ghtml. Acesso em 18/08/2020.
Disponível em https://blogdoaftm.com.br/charge-pessoas-em-situacao-de-rua/.
Acesso em 18/08/2020.
TEXTO III
Crise do coronavírus agrava situação de brasileiros
em Portugal
Crise provocada pela pandemia de covid-19 acabou com os empregos e com a renda de muitos imigrantes e até empurrou alguns para as ruas
Os brasileiros, que representam a maior comunidade
de imigrantes em Portugal, foram à Europa principalmente em busca de uma vida
melhor, mas a crise provocada pela pandemia do novo
coronavírus acabou
com os empregos e com a renda de muitos — e até empurrou alguns para as ruas.
Uma dos cerca de 150 mil brasileiros em Portugal,
Patricia Gomes, 46, chegou dois anos atrás e vinha se mantendo como um salário
mínimo de 635 euros (R$ 3.881) trabalhando em uma casa de repouso.
A vida não tem sido fácil para a brasiliense, que
encontrou uma vaga em um apartamento de Lisboa em que mais de 20 pessoas
dividem cinco quartos pequenos e as baratas são comuns. Mas as coisas pioraram
muito quando ela perdeu o emprego pouco antes da adoção de um isolamento
nacional no dia 18 de março.
Agora ela não consegue pagar os 200 euros de
aluguel e depende de doações de instituições de caridade para comer.
"Sem essa ajuda, não conseguiria
sobreviver", disse ela à Reuters por telefone da cozinha
que divide com os moradores. "Esta pandemia está dificultando as coisas
para mim."
Embora os despejos e alguns aluguéis tenham sido
suspensos, Gomes disse que foi ameaçada de expulsão.
Mais imigrantes dormindo ao relento
A instituição de caridade de moradores de rua
Comunidade Vida e Paz disse que o número de brasileiros e outros imigrantes
dormindo ao relento em Lisboa aumentou consideravelmente desde o início do
surto.
Disponível em https://noticias.r7.com/internacional/crise-do-coronavirus-agrava-situacao-de-brasileiros-em-portugal-24042020. Acesso em 18/08/2020.
TEXTO IV
Projeto assegura tratamento digno a moradores de rua durante epidemia ou
pandemia
O Projeto de Lei 707/20 proíbe o
isolamento compulsório de moradores de rua durante a vigência de epidemias ou
pandemias, assegurando a pessoas nessa situação o respeito a direitos previstos
na Política Nacional para a População em Situação de Rua (Decreto 7.053/09).
Segundo o texto, que tramita na Câmara
dos Deputados, o isolamento obrigatório só poderá ocorrer se a pessoa em
situação de rua apresentar os sintomas e testar positivo para a doença.O texto
define a população em situação de rua como “grupo populacional heterogêneo que
possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou
fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular”. O projeto
determina ainda que nenhum atendimento de saúde ou assistência social pode ser
negado por falta de comprovante de residência.
Segundo os autores do projeto, deputados
Talíria Petrone (Psol-RJ) e Glauber Braga (Psol-RJ), uma situação excepcional, como a pandemia do coronavírus
(Covid-19), não pode servir de justificativa para que direitos sejam
desrespeitados ou ignorados. “O texto procura garantir que as pessoas em
situação de rua sejam tratadas com dignidade, tenham acesso aos serviços
necessários, sejam incentivadas a, dentro de sua autonomia, buscarem o melhor
local para se abrigarem quando da necessidade de isolamento”, diz a
justificativa que acompanha o projeto. (...)
Reportagem - Murilo Souza
Edição - Rachel Librelon
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos
motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua
portuguesa sobre o tema “O
AUMENTO DA POPULAÇÃO DE RUA COMO CONSEQUÊNCIA DA CRISE ECONÔMICA PÓS-PANDEMIA”, apresentando
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.