segunda-feira, 19 de novembro de 2018

PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO UECE (2)


PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO UECE

(UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ)

Prezado (a) Candidato (a)

No mundo hodierno, as pessoas estão cada vez trabalhando mais, correndo atrás das suas necessidades e objetivos, numa luta constante contra o tempo, e, por vezes, acabam ignorando umas as outras sem perceber que as relações humanas se esvaziam e uma sociedade sem empatia vai se moldando de forma cruel e assustadora. Entende-se, portanto, que, mais do que nunca, as pessoas precisam diminuir seu ritmo acelerado de vida e olhar para o outro com sensibilidade, colocando-se em seu lugar, para que, assim, possam juntos construir um corpo social harmonioso e justo.

Após a leitura dos textos motivadores e das suas reflexões sobre a importância da empatia nas relações humanas no século XXI, escolha UMA das propostas abaixo e componha o seu texto.

Proposta 1: Imagine-se como um palestrante que irá proferir discurso em várias escolas públicas e particulares sobre a importância da empatia nas relações humanas no século XXI, a fim de sensibilizar os alunos e seus pais para as necessidades do outro e despertar neles o desejo de ajudar o próximo.

Proposta 2: Escreva um relato pessoal, que será apresentado em forma de vídeo, em palestras nas escolas públicas e particulares, narrando uma história de superação de vida que só foi possível devido à ajuda de pessoas que deixaram de pensar somente em si e passaram a enxergar o outro como seu semelhante, com o objetivo de sensibilizar pais e alunos sobre a importância da empatia. 



TEXTO I

O que é Empatia?

Empatia significa a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.
A empatia leva as pessoas a ajudarem umas às outras. Está intimamente ligada ao altruísmo - amor e interesse pelo próximo - e à capacidade de ajudar. Quando um indivíduo consegue sentir a dor ou o sofrimento do outro ao se colocar no seu lugar, desperta a vontade de ajudar e de agir seguindo princípios morais.
A capacidade de se colocar no lugar do outro, que se desenvolve através da empatia, ajuda a compreender melhor o comportamento em determinadas circunstâncias e a forma como o outro toma as decisões. (...)

Disponível em https://www.significados.com.br/empatia/. Acesso em  12/11/2018.

TEXTO II

Empatia seletiva e a indiferença ao sentimento alheio

Empatia é o estado em que o teu psicológico se projeta no outro individuo, de modo a compreender os sentimentos do mesmo, em determinada ou diversas situações. Temsido uma palavra bastante falada, pregada e adorada no mundo digital. É bonito de se ver tantas pessoas pregando o quão importante é ser empático. É humano.
Desplugados da internet, uma fatia grande de pessoas são completamente distintas do que se revelam virtualmente (isto não é novo). Elas não se importam com o próximo do modo que escrevem, não são empáticas com toda e qualquer vida humana, não lutam bravamente de modo a honrarem o que dizem ser e fazer. Elas só se harmonizam com os teus e com aqueles que compartilham de suas ideologias. Aos outros que estão do outro lado, desejam a morte. (...)
Não se deve ter compaixão pensando que "amanhã pode ser você ou alguém de sua família", isto é errado. Deve-se ter empatia, por se tratar de pessoas que possuem moralidades e liberdades individuais, acima disso, possuem o direito da dignidade humana.
Por Eli Belizário

TEXTO III
Cegueira moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida
Outubro, 2015

No ritmo acelerado do mundo contemporâneo, no qual a atenção dificilmente consegue se fixar em algo importante, corremos o sério risco de perder a sensibilidade em relação aos outros. Em “Cegueira Moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida” (2014), Zygmunt Bauman, o maior pensador social contemporâneo, junto com o filósofo e professor de ciência política da Lituânia, Leonidas Donskis, fazem uma análise brilhante desse novo mal que assola nossa época e nos anestesia perante o sofrimento alheio. Uma leitura fundamental e de grande interesse para todos aqueles que se preocupam com as mudanças mais profundas que, silenciosamente, moldam a vida dos homens na modernidade líquida, uma modernidade que retrata tanto fenômenos compostos de aparência, quanto desprovidos de referências.


TEXTO IV


Disponível em https://pt.slideshare.net/CorSilva/empatia-a-habilidade-fundamental-para-os-novos-tempos-54803766. Acesso em 19/11/2018.


terça-feira, 13 de novembro de 2018

CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DA UECE


CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DA UECE


DA PROVA DE REDAÇÃO


9.1. A prova de Redação em Língua Portuguesa constará da produção de um texto de 20 (vinte) a 25 (vinte e cinco) linhas, de acordo com as instruções nela indicadas.

9.2. O valor da prova de Redação será de 60 (sessenta pontos) e no seu julgamento serão considerados os aspectos textuais, gramaticais e de convenções da escrita formal, conforme descritos abaixo.

9.2.1. Os aspectos a seguir dizem respeito à textualidade:

a) consideração à instrução da prova, com atendimento à estrutura dos tipos e à dos gêneros solicitados, respeitando-lhes as características;

b) leitura dos textos de apoio, tomando-os apenas como ilustração ao tema proposto, sendo vedada a transcrição de palavras ou trechos desses textos;

c) adequação da linguagem à situação sugerida pelo tema escolhido;

d) estruturação dos parágrafos, entendendo-se parágrafo como unidade textual que pode ser construída de diferentes formas, de modo a atender o tipo/gênero textual a ser construído;

e) entendimento de coerência como aspecto conceitual, responsável pelo sentido, e de coesão, como a representação da coerência no plano linguístico, tendo em vista a continuidade, que é a retomada dos conceitos e das ideias; a progressão temática, que é entendida como a apresentação de novas informações e novos tópicos; a ausência de contradição interna e externa: a interna diz respeito às relações entre os elementos do texto; a externa concerne às relações do texto com o mundo; a articulação, que são as relações que se estabelecem no texto, tanto no plano lógico-semântico como no plano dos elementos linguísticos.

9.2.2. Os aspectos a seguir dizem respeito às normas gramaticais:
a) flexão nominal e verbal;
b) concordância nominal e verbal;
c) regência nominal e verbal;
d) colocação pronominal;
e) construção do período;

9.2.3. Os aspectos a seguir dizem respeito às convenções da escrita formal:
a) acentuação;
b) ortografia;
c) pontuação;
d) translineação;
e) inicial maiúscula;
f) omissão/repetição gratuita de palavras e expressões sem efeito textual.

9.3. Cada erro de aspecto textual ocasionará a perda de 2,5 pontos, de aspecto gramatical, a perda de 1,0 ponto e de aspectos de convenção da escrita formal a perda de 0,5 ponto.  

9.4. Para a correção da Prova de Redação do candidato que tiver solicitado condição especial por surdez, desde que esta condição seja do conhecimento da CEV/UECE, em conformidade com o subitem 5.2 deste Edital, e indicar na Folha Definitiva de Redação esta condição, cada erro de aspecto textual ocasionará a perda de 2 (dois) pontos, e de aspecto formal, a perda de 0,5 (meio) ponto.

9.5. A Redação deverá atingir o mínimo de 20 (vinte) linhas, sendo que cada linha não escrita até esse limite implicará a perda de 2,5 pontos.

9.6. O não atendimento ao tema proposto para a Redação, a Redação ilegível, em branco ou escrita a lápis, implicará nota 0 (zero) nesta prova.
 


quinta-feira, 8 de novembro de 2018

PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO UECE (1)

PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO UECE (Universidade Estadual do Ceará)


Prezado(a) Candidato(a)

Reconhece-se, hoje, que o grande aumento da violência na sociedade brasileira inflama os ânimos de alguns cidadãos e políticos que desejam aprovar a revogação do Estatuto do Desarmamento e liberar a posse de armas, alegando, principalmente, o direito de defesa pessoal. Infelizmente, a lentidão da justiça, a enorme possibilidade de recursos jurídicos para os réus e o pouco contingente policial nas cidades, sobretudo naquelas mais distantes das capitais, alimentam a sensação de impunidade entre os brasileiros e aumentam a revolta por tamanha escalada da violência. Entretanto, será que a liberação da posse e do porte de armas para o cidadão comum ajudaria realmente na defesa pessoal e na diminuição da violência?

Após a leitura dos textos motivadores e das suas reflexões sobre a temática da revogação do Estatuto do Desarmamento e da liberação da posse e porte de armas no Brasil, escolha UMA das propostas abaixo e componha o seu texto.

Proposta 1: Escreva um artigo de opinião, adotando um posicionamento acerca da revogação do Estatuto do Desarmamento e da liberação da posse e porte de armas no Brasil, utilizando argumentos convincentes em prol do ponto de vista defendido. Suponha que este seu texto será publicado na sessão “Opinião” do jornal de maior circulação da sua cidade.

Proposta 2: Escreva uma crônica narrativa, que será publicada na seção Jornal do Leitor, contando a história de uma sociedade que adotou a posse e o porte de armas para todos os cidadãos; mostrando que ações se sucederam, como as pessoas se comportaram diante de tal liberação, se houve ou não redução da violência, enfim as consequências da política de armamento da população.

TEXTO I
Estatuto do Desarmamento: principais destaques
O Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/03) proibiu o porte de arma de fogo para os cidadãos brasileiros. Pela regra da lei o porte de arma só permitido para quem trabalha em áreas ligadas à Segurança Pública ou que tenha atividades de risco.
Crimes
De acordo com o artigo 14 do estatuto o porte de arma sem autorização é crime inafiançável. A pena prevista é de 2 a 4 anos de prisão, além do pagamento de multa.
A lei também considera crimes outras situações:
·         posse irregular de arma: ter em sua posse um arma irregular, mesmo que tenha autorização para uso profissional;
·         omissão de cautela: não tomar os cuidados exigidos pela lei em relação à arma que tem posse regular;
·         disparo de arma de fogo: disparar arma de fogo em locais públicos;
·         posse ou porte de arma de uso restrito: ter em seu poder armas que sejam para uso exclusivo, como as armas do Exército;
·         comércio ilegal e tráfico internacional de armas: venda, importação ou exportação de armas sem autorização.

Disponível em https://www.todapolitica.com/estatuto-do-desarmamento/. Acesso em 07/11/2018


TEXTO II

“Vamos festejar a inveja, a intolerância e a incompreensão.
  Vamos festejar a violência e esquecer a nossa gente, que trabalhou honestamente a vida inteira e agora não tem mais
  direito a nada.
  Vamos celebrar a aberração de toda a nossa falta de bom senso. Nosso descaso por educação”.

Disponível Em https://www.pensador.com/poemas_sobre_violencia/. Acesso em 08/11/2018.

TEXTO III

A não-violência e a covardia não combinam. Posso imaginar um homem armado até os dentes que no fundo é um covarde. A posse de armas insinua um elemento de medo, se não mesmo de covardia. Mas a verdadeira não-violência é uma impossibilidade sem a posse de um destemor inflexível”.

Disponível em https://www.pensador.com/poemas_sobre_violencia/. Acesso em 08/11/2018.

TEXTO IV

A FAVOR
- O deputado Rogério Peninha Mendonça explica que a proposta da revogação do Estatuto do Desarmamento mantém controles relevantes sobre o uso de armas, como a comprovação de curso de tiro e exame psicotécnico, além da exigência de não ter antecedentes criminais.

- "Embora ele modifique muito a legislação atual, o controle ainda continua previsto. Hoje, possuir uma arma de fogo é proibido, com raras exceções. E, na verdade, o projeto de lei elimina essa regra proibitiva, mas, lógico, com critérios bem definidos. O direito à autodefesa é o pilar de toda sociedade livre. O que vemos, no Brasil, é o bandido com acesso livre às armas de fogo e o cidadão à mercê dos criminosos".

 


CONTRA
- Já o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador do Mapa da Violência, afirma que o atual estatuto deve continuar, pois tem ajudado a reduzir os crimes por arma de fogo no Brasil, desde 2003. Ele teme retrocessos e mais violência, por isso, em vez de revogação, cobra maior rigor das autoridades de segurança pública quanto à aplicação do atual estatuto.

- "Restringindo o uso e a posse de armas de fogo, fazendo controles drásticos e criando uma cultura de paz e harmonia entre os cidadãos: são os requisitos psicológicos e matérias para evitar a mortalidade por arma de fogo".