sábado, 27 de agosto de 2016

PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM (18) E DICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEMA (1)



PROPOSTA DE REDAÇÃO – PREPARAÇÃO PARA O ENEM

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em NORMA PADRÃO da língua portuguesa sobre o tema A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL DO BRASILEIRO NO SÉCULO XXI E O RESPEITO À DIVERSIDADE, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.

TEXTO 01:

IDENTIDADE CULTURAL: PERDA OU ACRÉSCIMO DE VALORES?
Professor Rogério Lustosa

O que é identidade cultural?

A identidade cultural é vista como uma forma de identidade coletiva característica de um grupo social que partilha as mesmas atitudes. Está apoiada num passado com um ideal coletivo projetado e se fixa como uma construção social estabelecida e faz os indivíduos se sentirem mais próximos e semelhantes. É ela responsável pela identificação e diferenciação dos diversos indivíduos de uma sociedade, sendo está comparada em diversas escalas. A identidade cultural de determinado povo está intimamente ligada à memória deste, mas não pode ser vista como sendo um conjunto de valores fixos e imutáveis que definem o indivíduo e a coletividade a qual ele faz parte. Faz parte do processo de sobrevivência das sociedades a incorporação de elementos novos e isso é o que as mantêm ao longo do tempo. (...)



TEXTO 02:

IDENTIDADE NACIONAL
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Identidade nacional é o conceito que sintetiza um conjunto de sentimentos, os quais fazem um indivíduo sentir-se parte integrante de uma sociedade ou nação. Esse conceito começa a ser definido somente a partir do século XVIII, e se consolida no século XIX, não havendo, antes disso, a concepção de nação propriamente dita. Ela é construída por meio de uma autodescrição da cultura patrimonial de uma sociedade, que se pode apresentar a partir de uma consciência de unidade identitária ou como forma de alteridade, buscando demonstrar a diferença com relação a outras culturas. A síntese da cultura consiste na definição de fatores de integração nacional, baseados na língua, monumentos históricos, folclore, modelos de virtudes nacionais, paisagem típica, série de heróis, hino e bandeira. Segundo José Luiz Fiorin, há dois princípios que regem as culturas, princípios esses, que se definem pela exclusão e pela participação. A exclusão se manifesta por meio da triagem e segregação dos indivíduos, já a participação promove a heterogeneidade e a expansão cultural.
O convívio social promove a assimilação da identidade do grupo, além de sua veiculação pela mídia, tradições e mitologia. Identidades são criações, por isso são frágeis, suscetíveis a distorções, simplificações e interpretações variando entre os indivíduos. (...)


TEXTO 03:

                                               

TEXTO 04:

Capítulo 8: A diversidade cultural, os direitos humanos e a governança democrática

“Ninguém pode invocar a diversidade cultural para infringir os Direitos Humanos garantidos pelo direito internacional, nem para limitar o seu alcance”. Esta cláusula central da Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural de 2001 faz sobressair a oposição, por vezes confusamente invocada, entre a diversidade cultural e os direitos humanos universalmente proclamados. Porém, longe de favorecer o desenvolvimento do relativismo, a diversidade cultural e o seu corolário, o diálogo intercultural, são vias que conduzem a uma paz fundada na “unidade na diversidade”. Uma compreensão total da diversidade cultural contribui para o exercício efetivo dos direitos do homem, para uma coesão social reforçada e para a governança democrática.



DICAS DE INTERPRETAÇÃO DO TEMA:

O primeiro desafio do estudante nas provas de redação é a compreensão do tema. Independente do domínio da língua formal, os candidatos podem ver seu desempenho despencar na referida prova, caso não compreendam bem o tema e escrevam sobre assuntos que apenas tangenciam a temática proposta. Por exemplo, no Enem 2015 cujo tema foi “A persistência da violência contra a mulher no Brasil”, constatou-se que alguns candidatos escreveram, exclusivamente, sobre a Lei Maria da Penha, ou sobre a Lei do Feminicídio, ou ainda sobre os movimentos feministas. Eles poderiam ter citado esses assuntos, dentro da argumentação, como uma forma de construir, inclusive, o repertório sociocultural, entretanto o problema se deu justamente pelo fato de terem escrito exclusivamente sobre isso e não terem abordado a problemática por completo. Sabendo disso, conclui-se que é extremamente importante compreender o tema e os aspectos relacionados a ele para que os estudantes não corram o risco de zerar a prova (fuga ao tema) ou de perder muitos pontos (fuga parcial do tema), comprometendo, assim, o seu desempenho e suas chances de vagas nas universidades. Como forma de treinamento, vamos interpretar o tema da proposta postada hoje no blog:

TEMA: A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL DO BRASILEIRO NO SÉCULO XXI E O RESPEITO À DIVERSIDADE

Dica 1: Tudo que está escrito na proposta deve ser contemplado na sua redação, não pode ficar nada de fora. Portanto, com relação à proposta de hoje, sabe-se que deve se falar da (o)

·         Formação da IDENTIDADE CULTURAL
·         Formação da identidade cultural do BRASILEIRO
·         Formação da identidade cultural do brasileiro no SÉCULO XXI
·         RESPEITO À DIVERSIDADE.

DICA 2: São vários aspectos relacionados à formação da identidade cultural, como pode ser observado no texto motivador nº 3, entretanto não será possível comentar sobre todos, então, aconselha-se que o candidato escolha dois ou três que considera mais importante para comentar, focando na questão da formação da identidade cultural do brasileiro.

Dica 3: Com relação ao satélite “respeito à diversidade”, lembro que a diversidade a que se faz referência no tema é a CULTURAL e não a sexual, por exemplo. Devemos ter o cuidado para não confundir os assuntos, pois, como já foi mencionado aqui, o candidato pode interpretar erroneamente a proposta e acabar tangenciando o tema.

Dica 4: Por mais que escolhamos alguns pontos para serem discutidos no texto, o candidato não deve perder o foco principal e mais geral do tema.

Espero que essas dicas os ajudem a compreender não só esse tema como todos os outros sobre os quais vocês estão escrevendo e, principalmente, o tema do Enem 2016.


BOA SORTE!!!



domingo, 21 de agosto de 2016

PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM (17)

PROPOSTA DE REDAÇÃO – PREPARAÇÃO PARA O ENEM

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em NORMA PADRÃO da língua portuguesa sobre o tema, A PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS NO MERCADO DE TRABALHO: OS DESAFIOS DA POLÍTICA DE EMPREGO NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.

TEXTO 01:

Participação do jovem no mercado de trabalho é a menor em 12 anos
Com aumento da renda, jovens se dedicam ao estudo. Em 2013, 70,4% dos brasileiros com 18 a 24 anos trabalhavam ou buscavam emprego
A participação dos jovens no mercado de trabalho é a menor desde o início deste século. Segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo IBGE em setembro, pouco menos de 16 milhões de brasileiros com 18 a 24 anos estavam trabalhando ou procurando emprego em 2013, o equivalente a 70,4% da população dessa faixa etária. É a menor proporção desde 2001, quando a Pnad passou a divulgar esse dado.
O encolhimento da mão de obra jovem, que ocorre desde a segunda metade da década passada e ajuda a manter as taxas de desemprego relativamente baixas, deve influenciar o mercado de trabalho e o próprio desenvolvimento do país. Ainda não se sabe se os efeitos serão mais positivos ou negativos; isso dependerá das causas que estão por trás do movimento, ainda um tanto controversas.
É fato que, com o Brasil em plena transição demográfica, a população mais nova está diminuindo. Mas a saída desse público do mercado de trabalho é bem mais acelerada. Em 2008, 75% dos jovens estavam ocupados ou em busca de trabalho; desde então, o índice caiu quase cinco pontos porcentuais. (...)


TEXTO 02:


TEXTO 03:

Quase 10 milhões de jovens brasileiros (15 a 29 anos) no Brasil não trabalham nem estudam. É um exército de reserva que pode ser manobrado para o bem ou para o mal.

Quase 10 milhões de jovens brasileiros (15 a 29 anos) no Brasil não trabalham nem estudam. É um exército de reserva que pode ser manobrado para o bem ou para o mal. A classe dominante brasileira sempre teve medo de uma rebelião dos escravos (Darcy Ribeiro). Mas são os antagonismos sociais (desigualdades) do nosso capitalismo selvagem e extrativista que podem um dia explodir por meio de uma violência coletiva devastadora. O IBGE (na Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio de 2012) apontou que os jovens que não trabalhavam nem frequentavam a escola, os chamados de “nem-nem”, representavam 19,6%. Isso significa 9,6 milhões de jovens, de uma população estimada para o período de 48, 8 milhões de jovens, na faixa etária de 15 a 29 anos.
O problema, aliás, é mundial. O relatório Tendências Mundiais de Emprego 2014 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra que o desemprego entre os jovens continua aumentando. Em 2013, 73,4 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos estavam sem trabalho – quase 1 milhão a mais do que no ano anterior. Isso representa uma taxa de desemprego juvenil de 12,6 %, mais do que o dobro da taxa de desemprego geral de 6,1%. A pesquisa revelou que o número de jovens que não trabalham nem estudam cresceu em 30 dos 40 países pesquisados. Em 2013, 1 milhão de jovens perderam seus trabalhos. (...)


TEXTO 04:
                                   Só 6% dos jovens brasileiros fazem curso profissionalizante
Dado é de pesquisa da CNI. Nas nações desenvolvidas, taxa é de 35%
Apenas 6% dos jovens com idades entre 16 e 24 anos estão matriculados em cursos de educação profissional, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O dado, divulgado nesta terça-feira, faz parte de pesquisa encomendada pelo grupo ao Ibope, que ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios.
O Brasil fica muito abaixo da média registrada em outros países. Nas 34 nações mais desenvolvidas, a porcentagem de matrículas no ensino técnico entre jovens de 15 a 24 é de 35%, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A pesquisa do Ibope considerou tanto os estudantes que cursam o ensino médio integrado ao técnico quanto aqueles que fazem apenas o ensino profissional. Segundo os dados, 44% da população entre 16 e 24 anos estuda, sendo a maioria no ensino superior (18%) e, em seguida, médio (15%).
A pesquisa mostra ainda que um em cada quatro brasileiros de todas as idades já fez curso profissionalizante. As principais razões para que a maioria (75%) da população nunca tenha feito esse tipo de formação são falta de tempo para estudar (40%), falta de recursos para pagar (26%) e falta de interesse (22%).
http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/so-6-dos-jovens-brasileiros-fazem-curso-profissionalizante/

Instruções:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM (16) - A QUESTÃO DO LIXO


PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM
TEXTOS MOTIVADORES

TEXTO I
Destino do lixo no Brasil

O tratamento e destinação correta dos resíduos sólidos é considerada uma questão de saúde pública, envolvendo tanto membros e agências do governo como a própria população, já que o acúmulo de lixo prejudica não só o meio ambiente, mas também toda a sociedade. O último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, mostra que a maior parte da população brasileira está concentrada em áreas urbanas. Assim, a quantidade de resíduos vem crescendo com o aumento da população, acarretando diretamente no aumento do volume de lixo produzido nos centros urbanos.      
Diariamente são descartadas 240 mil toneladas de lixo no Brasil, das quais mais de 70% tem como destino aterros sanitários. A maior parte dos 30% de resíduos restante também não é destinada de forma correta, sendo descartada em terrenos abertos e até mesmo córregos, rios e áreas florestais próximas de centros urbanos. Assim, o destino impróprio do lixo do Brasil acarreta em poluição ambiental, incluindo reservatórios de água, rios e áreas florestadas, proliferação de animais e insetos vetores de doenças, produção de gases nocivos, além de desperdício de materiais potencialmente reutilizáveis. Por esses motivos novas alternativas para a destinação do lixo no país se tornam cada vez mais necessárias, e vem sendo elaboradas não só pelo poder público, mas também por ambientalistas e profissionais da área, além da própria população.



TEXTO II

Disponível em https://jogadacerta.wordpress.com/tag/jogadacerta/. Acesso em 15/05/2018.

 TEXTO III
Política Nacional de Resíduos Sólidos
A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.
Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).
Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo e pós-consumo.
Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microregional, intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva.
Além disso, os instrumentos da PNRS ajudarão o Brasil a atingir uma das metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que é de alcançar o índice de reciclagem de resíduos de 20% em 2015.



TEXTO IV







PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em NORMA PADRÃO da língua portuguesa sobre o tema “A QUESTÃO DO LIXO NO BRASIL”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.

 *Por Suziane B. Coelho em Blog decifrandotextosecontextos.blogspot.com


quinta-feira, 4 de agosto de 2016

ATIVIDADE DE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS– GÊNEROS TEXTUAIS: EDITORIAL E CHARGE

ATIVIDADE DE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO – 
GÊNEROS TEXTUAIS: EDITORIAL E CHARGE

EDITORIAL 07/06/2016

Cultura da corrupção
Prática nefasta, a corrupção é uma das marcas do atraso brasileiro


Durante o fim de semana, o noticiário foi pródigo em trazer à tona o conteúdo das colaborações premiadas de Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro (OAS), Sérgio Machado e Nestor Cerveró. Sobrou para todos os lados. Há citações de casos de corrupção nos governos de Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. É sinal de que a política ainda se manterá instável e nervosa por um longo período.
O comando na Presidência da República mudou, mas a Lava Jato se manteve célere e atuante. Muitos novos detalhes do impressionante sistema de corrupção montado no âmbito dos negócios da Petrobrás ainda serão conhecidos. O esquema serviu tanto para financiar partidos e políticos quanto para enriquecimento pessoal de muitos envolvidos.
Chama a atenção o caso do cearense Sérgio Machado. Há notícias apontando que o ex-presidente da Transpetro e filhos vão devolver cerca de um bilhão de reais desviados de contratos firmados pela estatal. Para termos uma noção mais clara, o valor é equivalente ao que a Andrade Gutierrez aceitou pagar de multa em seu acordo de leniência.
No que pesem os valores das propinas bem acima das expectativas, o esquema de corrupção exposto pela Lava Jato comprova antiga percepção da sociedade: a suspeita de que não há grandes contratos no setor público que não envolva algum tipo de suborno a agentes públicos. Há na sociedade a sensação de que se trata de uma prática disseminada nas diversas esferas de poder.
Da União, passando pelos estados e municípios.
Pagar um “pedágio” pelo contrato público, fazer doação de campanha eleitoral ou coisas do tipo se tornaram práticas corriqueiras e, até, socialmente aceitas. Um mérito da Lava Jato é passar para a sociedade e, principalmente, para os que se habilitam a cometer desvios com o dinheiro público a ideia de que a penitenciária é um risco que aumentou significativamente.
Prática nefasta, a corrupção é uma das marcas do atraso brasileiro ao mesmo tempo em que é uma das responsáveis diretas pela má qualidade das obras e dos serviços públicos. A impunidade é seu maior estimulador. A expectativa é que nossas instituições criem uma cultura de implacabilidade contra a corrupção.


01. O gênero textual Editorial é construído, principalmente, de acordo com a tipologia:
a) Descritiva
b) Narrativa
c) Dialogal
d) Injuntiva
e) Argumentativa

02. Normalmente, os textos são construídos a partir de uma tipologia textual predominante, mas sabemos também que eles também podem apresentar traços de outras tipologias. Com base nesse conhecimento, aponte a alternativa que indica a tipologia textual presente no trecho a seguir.

“Durante o fim de semana, o noticiário foi pródigo em trazer à tona o conteúdo das colaborações premiadas de Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro (OAS), Sérgio Machado e Nestor Cerveró”.

a) Argumentativa
b) Descritiva
c) Expositiva
d) Injuntiva
e) Narrativa

03. O Editorial tem como função
a) possibilitar ao cidadão comum expressar a sua opinião sobre os problemas em destaque no país.
b) expressar a opinião da empresa jornalística sobre algum problema que está em pauta no momento.
c) explicar com detalhes algum problema que está polêmico que está afligindo a população.
d) narrar histórias que comprovam a opinião defendida pelo autor do editorial.
e) manifestar opiniões diversas sobre um mesmo assunto para confrontar pensamentos divergentes.

04. O Editorial em análise apresenta como TESE:
a) A corrupção faz parte do cotidiano dos brasileiros.
b) O esquema de corrupção financiou partidos e políticos e para enriqueceu licitamente muitos envolvidos.
c) Não há, no Brasil, nenhuma obra pública que não tenha propina envolvida.
d) A corrupção contribui para o subdesenvolvimento do Brasil e a péssima qualidade das obras e serviços públicos.
e) A prática da corrupção já adentrou em todos os setores públicos e privados, destruindo toda e qualquer chance de moralidade política no Brasil.

05. “...o valor é equivalente ao que a Andrade Gutierrez aceitou pagar de multa em seu acordo de leniência”. O termo em destaque tem o significado de
a) delação.
b) paciência.
c) condescendência.
d) desobstrução.
e) substituição.

06. “Prática nefasta, a corrupção é uma das marcas do atraso brasileiro ao mesmo tempo em que é uma das responsáveis diretas pela má qualidade das obras e dos serviços públicos”. O termo grifado pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, pela palavra
a) nociva.
b) absurda.
c) patológica.
d) impoluta.
e) abominável.

07. No período “O esquema serviu tanto para financiar partidos e políticos quanto para enriquecimento pessoal de muitos envolvidos”, a locução conjuntiva destacada transmite ideia de
a) comparação.
b) causalidade.
c) concessão.
d) condição.
e) conformidade.

08. “Pagar um “pedágio” pelo contrato público, fazer doação de campanha eleitoral ou coisas do tipo se tornaram práticas corriqueiras...”. O uso das aspas na palavra grifada tem o objetivo de
a) informar ao leitor que a palavra pedágio é um estrangeirismo.
b) deixar claro para o leitor que a palavra pedágio foi empregada no sentido denotativo.
c) mostrar ao leitor que a palavra pedágio foi dita por outra pessoa.
d) apenas destacar a palavra na frase, pois o jornalista a considera importante.

e) deixar claro ao leitor que a palavra pedágio foi usada com um sentido diferente do usual.



09. Através da análise dos textos verbais e não-verbais da charge, pode-se concluir que ela apresenta
a) uma crítica à corrupção dos políticos brasileiros.
b) uma crítica à conduta incorreta de alguns policiais.
c) uma crítica ao comportamento corrupto das pessoas no cotidiano.
d) um elogio à conscientização da população em lutar contra a corrupção.
e) uma denúncia sobre o desrespeito às leis e sinalizações de trânsito.

10. Ao analisar o protesto dos manifestantes e o comportamento do motorista (que também é um dos manifestantes) ao ser abordado pela polícia, percebe-se que há
a) uma convergência de ideias.
b) uma contradição entre os comportamentos.
c) uma disputa de interesses.
c) um conflito interno do manifestante multado.
d) um descaso com o bem-estar da população.



GABARITO: 01. E; 02. C; 03. B; 04. D; 05. C; 06. A; 07. A; 08. E; 09. C; 10. B.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

PROPOSTA DE REDAÇÃO ESTILO ENEM (15)


PROPOSTA DE REDAÇÃO – PREPARAÇÃO PARA O ENEM

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema O CONFLITO ENTRE A DEMARCAÇÃO DAS TERRAS INDÍGENAS NO BRASIL E O INTERESSE DOS LATIFUNDIÁRIOS, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa do seu ponto de vista.

TEXTO 01:

Ruralistas querem suspender demarcação de terras indígenas e formular novas regras

Bancada ruralista no Congresso quer que todos os processos de demarcação de terras indígenas sejam suspensos enquanto novas regras sobre o tema são formuladas. Nesta quinta-feira (11), integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária se reúnem com técnicos do Ministério da Justiça para debater marcos legais sobre o tema.
Os ruralistas já haviam se encontrado com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na última semana, para tratar do assunto. Outra reunião é planejada para a próxima semana com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Em declaração à Agência Câmara, o membro da bancada ruralista, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), disse que “o proprietário [rural] não tem mais segurança jurídica nenhuma da garantia da sua propriedade” nesse processo.
Atualmente, a demarcação dos territórios indígenas cumpre o que diz a Constituição Federal, que as áreas tradicionalmente ocupadas pelos índios são propriedade da União e destinam-se à posse permanente dessas comunidades.
Porém, são inúmeros os conflitos, já que vários fazendeiros possuem títulos de propriedade das terras reivindicadas pelos indígenas. Como é o caso da etnia guarani-kaiowá, no Mato Grosso do Sul.
A palavra final sobre a demarcação de terras indígenas é do Poder Executivo, mas, parlamentares ruralistas querem alterar isso, promovendo iniciativas como a PEC 215/00, que transfere para o Congresso Nacional essa atribuição.

De São Paulo, da Radioagência Np, Vivian Fernandes. 09/04/13
Fonte:http://www.radioagencianp.com.br/11541-ruralistas-querem-suspender-demarcacao-de-terras-indigenas-e-formular-novas-regras



TEXTO 02:



http://bocaferina.blogspot.com.br/2013_06_01_archive.html


TEXTO 03:
DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS NO BRASIL

A questão da demarcação de terras indígenas no Brasil passa por uma ampla burocracia e por interesses diversos, sendo o pivô de muitas disputas por território no país.

Uma das questões geográficas e históricas mais polêmicas no espaço brasileiro é a dos territórios indígenas. Sabemos que, antes da chegada dos povos europeus no continente sul-americano, existiam milhares de povos indígenas habitando aquilo que é hoje considerado como o território do Brasil. Desse total, existem ainda cerca de 305 etnias atualmente, com cerca de 180 línguas distintas, a maioria delas filiada ao Tupi e ao Jê.
Diante disso, existe uma profunda questão a ser resolvida com esses povos, que é a demarcação das suas terras, ou seja, a delimitação legal das áreas indígenas. A Constituição Federal define as Terras Indígenas como todas as áreas permanentemente habitadas pelos índios, sendo elas utilizadas para suas atividades produtivas e também para a preservação de suas culturas e tradições. Portanto, mais do que simplesmente a área de moradia direta, as terras indígenas devem envolver todo o espaço usado pelos índios para garantir sua sobrevivência, incluindo áreas de caça e extrativismo. (...)
Nem sempre essa demarcação acima acontece de forma pacífica. Muitas vezes, são realizados recursos judiciais e disputas por parte dos proprietários, agronegociantes, agricultores e outros com o objetivo de garantir para si o uso daquelas terras. Com isso, mesmo com a demarcação sendo concluída, o trâmite leva muitos anos para concretizar-se, o que faz com que a questão territorial indígena no país torne-se ainda mais dispendiosa para ambos os lados.
Em alguns casos, grupos de posseiros, grileiros e fazendeiros entram em conflitos com os indígenas em torno da disputa territorial. Muitas vezes, os limites impostos pela demarcação não são respeitados, o que se configura como um grave crime, pois há invasão de uma área de proteção patrimonial. (...)



INSTRUÇÕES:
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação com até 7 linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
4. A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
5. A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
6. A redação que apresentar cópia dos textos motivadores da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.